RESENDE
O primeiro mês do ano é chamado também pela sociedade dermatologista de Janeiro Roxo, dedicado à conscientização e à prevenção e tratamento precoce da hanseníase. Com aval do Ministério da Saúde e desenvolvimento da Sociedade Brasileira de Dermatologia a meta é conscientizar a população sobre a doença informando sobre sintomas, prevenção e tratamento.
A hanseníase pode causar incapacidades físicas, principalmente nas mãos, pés e olhos. O Brasil ocupa a segunda posição no mundo em maior número de casos, entre os países que diagnosticam a doença, ficando atrás somente da Índia. O Janeiro Roxo conta com campanha nacional disseminada principalmente por meio das prefeituras.
Nas Agulhas Negras, a Prefeitura de Resende conta atendimento na rede pública. “Os pacientes que apresentarem manchas com alteração da sensibilidade podem procurar a unidade de saúde mais próxima de sua casa ou o SAI (Serviço de Atenção Integral em Pneumologia e Dermatologia Sanitária – Tuberculose e Hanseníase). O programa de Hanseníase fica localizado na Rua Dr. João Maia, nº 42, no Centro. O atendimento é de segunda a sexta-feira, das 7 às 16 horas”, explica Alyne dos Passos Reis, coordenadora do SAI.
O principal objetivo da campanha é esclarecer o que é a hanseníase e como ela pode ser adquirida, além de explicar como é o tratamento. “A hanseníase é uma doença transmissível que acomete principalmente na pele e os nervos periféricos. Pode atingir rosto, olhos, orelhas, nariz,
braços, mãos, pernas e pés. A hanseníase pode causar deformidades físicas, o que pode ser evitado com diagnóstico precoce e tratamento imediato”, afirma Alyne Reis, frisando que foi o Ministério da Saúde que definiu janeiro como mês de prevenção e a cor roxa para as campanhas educativas.
MANIFESTAÇÃO
A coordenadora Alyne Reis explica ainda que a doença é causada pelo bacilo Mycobacterium Leprae e sua transmissão acontece de pessoas doentes sem tratamento para pessoas saudáveis, pelas vias aéreas superiores, através de tosse, espirro e fala por exemplo. “O tratamento da hanseníase é simples. Em qualquer estágio da doença o paciente recebe gratuitamente os medicamentos para ingestão via oral. Os medicamentos destroem os bacilos. O tratamento leva de seis meses a 1 ano. Seguindo o tratamento cuidadosamente, o paciente recebe alta por cura”, finaliza a coordenadora.