SUL FLUMINENSE
Caminhoneiros de várias partes do Brasil organizam uma paralisação geral em vários estados do país para esta quinta-feira, dia 04. Segundo alguns representantes da categoria, não se trata de um ato político ligado a qualquer ideologia partidária, e sim uma luta por melhorias para a classe.
Entre os pleitos estão à estabilidade contratual do caminhoneiro, a garantia do cumprimento de leis, a reestruturação do Marco Regulatório do Transporte de Cargas e a aposentadoria especial de 25 anos de trabalho comprovada com recolhimento ou documento fiscal emitido.
Segundo o presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Cargas de Volta Redonda e região Sul Fluminense, Luiz Claudio Bugarim, o sindicato não está atuando nesta paralisação. “Quem quiser parar é um direito. Os caminhoneiros têm como representante às Confederações CNTA e CNTTL estas estão tratando as demandas dos caminhoneiros junto ao Governo federal e ANTT e no momento estamos em tratativas sendo assim oque leva a paralisação não vejo o porquê deste movimento”, analisa.
Em uma publicação realizada nas redes sociais, Francisco Dalmora Burgardt, conhecido como Chicão Caminhoneiro, um dos autoproclamados líderes da categoria, anunciou a possível paralisação dos trabalhadores da área. Em suas redes ele publicou que esteve nesta semana no Palácio do Planalto para protocolar um documento informando sobre o movimento, acompanhado do advogado Sebastião Coelho, ex-desembargador do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e pré-candidato ao Senado pelo Novo.
Caos em 2018
Em 2018, na gestão de Michel Temer (MDB), caminhoneiros fecharam diversas rodovias brasileiras insatisfeitos com aumento dos combustíveis. À época, com a logística interrompida, produtos em supermercados começaram a faltar. Foram dez dias que se tornaram uma crise para o governo federal, que precisou negociar e aceitar parcialmente as condições da categoria.
Em 2021, caminhoneiros se deslocaram para Brasília para o 7 de Setembro, quando diversos apoiadores do então presidente Jair Bolsonaro se posicionaram nas proximidades da Praça dos Três Poderes em manifestação contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).