Câmara de Vereadores de Volta Redonda questiona, mas aprova uso de verba para o Executivo  

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Em Sessão Extraordinária, convocada na última sexta-feira, 24, pelo presidente da Câmara de Vereadores de Volta Redonda, Whashington Granato (PTC), a Casa aprovou uma mensagem do prefeito Samuca Silva (Podemos). Levada ao Legislativo pelo Assessor da Prefeitura, Matheus Gusmão, a indicação foi votada em regime de urgência e preferência, e aprovada. Sendo assim está autorizada a liberação de R$11 milhões para o Chefe do Executivo, fechar a folha de pagamento dos servidores. Os parlamentares aprovaram, mas questionaram para onde vai o dinheiro.

Mais cedo, no auditório do Palácio 17 de Julho, prédio da Prefeitura, o prefeito alegou bloqueio de R$ 142 milhões, dívidas de precatórios,

sendo R$ 42 milhões de dívidas trabalhistas, além de outras de R$ 100 milhões de fornecedores que, segundo o prefeito, não receberam da Prefeitura nas administrações passadas. Disse que são dívidas antigas de precatórios  mas que o Tribunal de Justiça (TJ) determinou que devem ser pagas até o ano de 2022.

E como o prefeito garantiu que só com a liberação de R$11 milhões do fundo poderia resolver a situação, a mensagem foi aprovada por unanimidade pelos vereadores, que questionaram onde o dinheiro será usado. O vereador Carlinhos Santana (Solidariedade), que é conhecido pelo posicionamento independente e opositor declarado à Administração Municipal, foi um dos que votou a favor, porém cobrou explicações do Chefe do Executivo.

Santana declarou que votou a favor pensando no funcionalismo. “Na mensagem não foi colocado o local exato de onde foi tirado esses R$11 milhões. Então estou fazendo um requerimento para o prefeito informar de onde saiu esse dinheiro. Quero saber também qual o valor atual que existe no Fundo de Previdência do Município”, frisou o vereador, explicando que não votou contrário à mensagem, pois o funcionário público não pode ficar sem pagamento independente do que aconteça na Administração Municipal. “Mas quero saber de onde esse dinheiro vai sair”, completou o parlamentar.

Por estarem em outros compromissos, os vereadores Sidney Dinho (Patriota), Edson Quinto (PR) e Rosana Bergone (PRTB) não puderam participar da Sessão Extraordinária.

NOVA CONVOCAÇÃO

Na última quinta-feira, 23, o diretor geral do Hospital São João Batista (HSJB), José Geraldo, conforme convocação, compareceu à Câmara de Vereadores para prestar esclarecimentos sobre o atendimento na unidade hospitalar, em especial sobre o caso da menina de 4 anos que ficou 7 horas aguardando atendimento na pediatria.

O caso ganhou grande repercussão nas redes sociais e Carlinhos Santana foi autor da convocação do diretor para explicar, além desta outras denúncias que foram feitas sobre o hospital. Só que o diretor não pôde ser ouvido na ocasião. Portanto, segundo Santana, uma nova data será marcada para que o diretor do hospital compareça novamente ao Legislativo. “O fato de não ter tido a sessão, não quer dizer que o assunto passou. Não quer dizer que o diretor José Geraldo não vá mais prestar contas. Vou convocar em nova data e quero explicações de varias denúncias que foram feitas em meu gabinete. Meu trabalho é fiscalizar e não retrocederei um milímetro nesta tarefa”, concluiu o vereador.

 

 

 

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