Derrubado na sessão ordinária da Câmara de Vereadores, na noite de terça-feira, 21, o veto do Executivo Municipal ao Projeto de Lei que propõe a criação de um Sistema Municipal de Coleta de Sangue Móvel. A indicação é de autoria da vereadora Rosana Bergone (PRTB). Dos 18 vereadores presentes na sessão, 12 votaram pela rejeição ao veto.
A vereadora fez questão de agradecer aos outros vereadores por terem aprovado em definitivo a Lei e entendido a sua importância. Lembrou que trabalhou em hospitais por muito tempo e em qualquer cirurgia, a equipe médica pede aos familiares que consigam doadores de sangue. “Estou grata porque isso foi reconhecido”, declarou a parlamentar, ressaltando que a unidade móvel, que contará com motorista habilitado e um técnico de enfermagem, só poderá ser acionada para atender uma demanda igual ou superior ao número de dez doadores de sangue. “A Lei deverá entrar em vigor em 30 dias, a contar da data de sua publicação”, lembrou Rosana Bergone.
A vereadora lembrou que, com a Lei, será possível aumentar o número de doadores de sangue no município e, consequentemente, os estoques de sangue do Núcleo de Hemoterapia do Hospital São João Batista. Conforme a lei, a unidade móvel funcionará em um veículo adaptado que deverá ser disponibilizado pela Prefeitura de Volta Redonda, através da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
PESSOAS QUEREM DOAR
Para Bergone, muitas pessoas querem doar o sangue, mas não tem informações suficientes ou mesmo condições financeiras para se deslocarem até o Banco de Sangue. Ressaltou ainda que é uma alternativa de doação que propôs e acredita será bem aceita por todos. “O Banco de Sangue do município sempre necessita de doações e os hospitais trabalham no limite de sua capacidade diária”, frisou a parlamentar, lembrando que embora a lei deveria ser cumprida pelo município, nada impedirá que a gente busque emendas parlamentares para concretizar o projeto. “Será um reforço eficaz para salvar muitas vidas”, destacou a vereadora.
Bergone explicou ainda que haverá uma linha de telefone gratuita para agendamento das doações de sangue, por meio de uma central de atendimento. “Na minha visão não é um projeto de alto custo e terá um investimento semelhante a uma ambulância. E os dois profissionais, motoristas e técnicos de enfermagens, podem ser remanejados de outros setores e serem liberados somente para os horários da coleta de sangue”, ressaltou. “O banco de sangue terá um reforço no estoque diariamente”, concluiu a vereadora.