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Câmara de Barra Mansa pede reunião emergencial na Alerj sobre crise no Oncobarra

Por Carol Macedo
comissão de saúde e presidente da câmara em reunião
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BARRA MANSA

A Câmara de Barra Mansa solicitou à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) uma reunião emergencial para discutir a crise financeira enfrentada pelo Oncobarra, centro de tratamento oncológico que atende pacientes de 27 municípios da região Sul Fluminense. A solicitação foi feita pela Comissão de Saúde da Casa, diante da falta de repasses do governo estadual.

Instalado na Santa Casa de Barra Mansa, o Oncobarra é referência em atendimento de alta complexidade e recebe recursos das esferas federal e estadual. Do governo federal, a unidade conta com R$ 900 mil mensais. Já o governo estadual deveria repassar regularmente R$ 600 mil mensais, além do chamado “sobre-teto”, que cobre despesas que ultrapassam o valor pactuado. No entanto, neste ano, o repasse estadual não foi efetuado, agravando a situação da unidade.


De acordo com a Câmara, em 2023 o Oncobarra realizou procedimentos acima do pactuado com autorização do próprio governo estadual, mas os valores excedentes não foram pagos. Recentemente, uma normativa estadual informou que não haverá mais repasses referentes ao sobre-teto, o que pode comprometer ainda mais a capacidade de atendimento do centro oncológico.

O presidente da Câmara, vereador Paulo Sandro, alertou para as consequências da falta de recursos. “Vemos os números da Oncobarra e percebemos sua importância. Ano passado, mais de 20 mil pessoas foram atendidas. Mesmo com um aparelho obsoleto, a radioterapia beneficiou mais de 400 pacientes. Foram 850 cirurgias realizadas. A Oncobarra está salvando vidas. Quando ela sofre com a falta de recursos, deixa de pagar fornecedores, atrasa salários de médicos, e quem paga o preço é a população. A vida deve estar sempre em primeiro lugar”, disse.

A crise financeira obrigou a Santa Casa a suspender o recebimento de novos pacientes oncológicos. O presidente da Comissão de Saúde, vereador Jefferson Mamede, lembrou que a unidade já enfrentou uma paralisação semelhante em 2023, com interrupção no atendimento por cerca de três meses. “Para quem tem câncer, três meses é uma eternidade. A doença avança de forma devastadora. O que poderia ser tratado passa a não ter mais solução. É inadmissível que a saúde não seja prioridade. Hoje, quem precisa de tratamento em Barra Mansa terá que aguardar vaga em outro município”, afirmou Mamede.

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