Câmara aprova projeto de Lei de combate jogos e brincadeiras que induzam ao suicídio

ITATIAIA

A Câmara de Vereadores aprovou o projeto de Lei n.º 183- C que prevê ações de combate aos jogos, brincadeiras e eventos que induzam jovens as mutilações corporais e até ao suicídio no município. De autoria da vereadora Andréa de Carvalho Jardim, a Andréa do Dilino (PMDB), a proposta visa sensibilizar professores, gestores, pais, familiares e responsáveis a identificarem comportamentos estranhos e a conscientizarem adolescentes a respeito das consequências destas práticas perigosas. O projeto foi encaminhado para apreciação do prefeito Eduardo Guedes, o Dudu (PMDB).

De acordo com o projeto de Lei, o Poder Público estimulará ações com finalidade de conscientizar os adolescentes a respeito da valorização da vida, o respeito pela vida dos outros e o uso consciente das mídias e tecnologias. Os jogos, brincadeiras ou eventos que induzem os jovens as mutilações corporais e até o suicídio são definidos como todo ato de violência física e ou psicológica coercitiva ou não, auto impostas, em itens ou fases específicas ou sequência sucessivas, intencionais ou repetitivas, que ocorre com motivação evidente, praticado por indivíduos ou grupos, causando dependência emocional de pessoas, situações e eventos e fases do jogo síndrome de abstinência, dor física e emocional, angustia, ferimentos e mutilações de quaisquer naturezas á vítima, em escala regular, sistemática, gradual e progressiva, conduzindo à morte como objetivo final. “Com os jovens que apresentam tendência à depressão, a atenção deverá ser redobrada. Recentemente o jogo Blue Whale (baleia azul), conhecido como jogo suicida, vem ganhando destaque nos noticiários e entre os jovens do mundo. Esse é um jogo viral, que manipula os adeptos e cumprirem missões desafios, dentre elas a autoflagelação, tenho como última missão, de total de 50, o suicídio”, esclarece Andréa do Dilino, ressaltando que outras atitudes que está se tornando comum entre os jovens que jogam de forma interativa é asfixiar com as mãos ou objetos, por exemplo, corda, lenço, etc., até ficar sem ar e desmaiar ou em alguns casos, levando a morte muitos adolescentes. “Além do jogo Blue Whale e de asfixia, existem outros jogos circulando na internet que levam os jovens que perdem a disputa, a atentar contra a própria vida, ou incentiva a cometer delitos como ‘punição’ ou prenda pelo resultado do jogo, e ainda a pagamento de valores para os demais jogadores. Há também jogos que causam medo nos participantes, podemos gerar crise de pânico, como o jogo do Charlie-Charlie”, enumera.

AÇÕES

Segundo a proposta da vereadora, ficaria o Poder Público encarregado de implementar ações, campanhas e orientações de prevenção e combater a prática de jogo, brincadeira ou evento que induzem os jovens as mutilações e até o suicídio. “Entre essas ações destacam-se a orientação de docentes e equipes pedagógicas para implementação das ações de discussão, prevenção, orientação e solução de problema. Implementação e disseminação de campanhas de educação, conscientização e informação. Instituir práticas de conduta e orientação de pais, familiares e responsáveis diante da identificação de praticantes, insufladores e vitimas. Assistência psicológica e social às vítimas, insufladores e agressores. Integrar as escolas públicas e sociedade, como forma de identificação e conscientização do problema e a forma de preveni-lo e erradicá-lo. Além de promover ações públicas e políticas de cidadania, de capacidade empática e respeito a terceiros, nos marcos de uma cultura de paz, tolerância mútua e controle social coletivo”, explica.