Caged destaca a geração de empregos em agosto no Sul Fluminense

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SUL FLUMINENSE

Segundo dados do novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) elaborados pelo Ministério da Economia, o mês de agosto teve alta nacional na criação de empregos com saldo de 249.3988 postos de trabalho. No período, o Brasil teve 1.239.478 admissões e 990.090 demissões, o melhor desempenho desde agosto de 2010. No somatório anual, o Caged indica retração. Entre janeiro e agosto foram 9.180.697 contratações e 10.030.084 desligamentos no país, saldo negativo de 849.387 empregos.

Em agosto, todos os segmentos de atividades analisados pelo Caged apresentaram saldo positivo na criação de vagas com carteira assinada. O destaque foi a Indústria, que gerou 92.893 postos formais em todo o país, tendo em seguida, a Construção com 50.489 empregos formais e, depois, Comércio (49.408 empregos), Serviços (45.412 empregos) e Agropecuária (11.213 empregos).

A indústria teve saldo de 92.893 empregos gerados no país no oitavo mês de 2020 – Divulgação

O estoque, que é a quantidade total de vínculos celetistas ativos, em agosto de 2020 contabilizou 37.960.236 vínculos, o que representa uma variação de 0,66% em relação ao estoque do mês anterior. No acumulado do ano de 2020, foi registrado saldo de -849.387 empregos, decorrente de 9.180.697 admissões e de 10.030.084 desligamentos (com ajustes até agosto de 2020).

Em relação ao trabalho intermitente, em agosto de 2020, houve 15.581 admissões e 7.335 desligamentos na modalidade de trabalho intermitente, gerando saldo de 8.246 empregos, envolvendo 3.330 estabelecimentos contratantes. Um total de 132 empregados celebrou mais de um contrato na condição de trabalhador intermitente. Abaixo, o resumo dos dados do Caged de agosto de 2020:

Do ponto de vista das atividades econômicas, o saldo de emprego na modalidade de trabalho intermitente distribuiu-se por Serviços (3.970 postos), Indústria Geral (1.772), Construção (1.771), Comércio (560), e Agropecuária (173). Em agosto de 2020, houve 12.814 desligamentos mediante acordo entre empregador e empregado, envolvendo 8.478 estabelecimentos, em um universo de 7.865 empresas. Houve 30 empregados que realizaram mais de um desligamento mediante acordo com o empregador.

SALDO REGIONAL

No estado do Rio de Janeiro foram 73.579 admissões e 67.934 desligamentos, com saldo de 5.645 postos de trabalho formal em agosto. Foi o pior desempenho entre os estados da Região Sudeste, ficando atrás de Espírito Santo (6.166 postos), Minas Gerais (28.339) e São Paulo (64.552). No acumulado de janeiro a agosto o saldo de empregos no Rio de Janeiro é de -189.032 empregos.

Na análise das principais cidades do Sul Fluminense no mês de agosto o Caged indica retração na maioria delas:

  • Angra dos Reis: -3 empregos, 477 admissões e 480 desligamentos;
  • Barra do Piraí: 190 empregos, 467 admissões e 277 desligamentos;
  • Barra Mansa: -78 empregos, 759 admissões e 837 desligamentos;
  • Itatiaia: -7 empregos, 148 admissões e desligamentos;
  • Paraty: 17 empregos, 138 admissões e 121 desligamentos;
  • Pinheiral: 44 empregos, 94 admissões e 50 desligamentos;
  • Piraí: 62 empregos, 196 admissões e 134 desligamentos;
  • Porto Real: -59 empregos, 68 admissões e 127 desligamentos;
  • Quatis: 9 empregos, 36 admissões e 27 desligamentos;
  • Resende: -4 empregos, 724 admissões e 728 desligamentos;
  • Rio Claro: 8 empregos, 18 admissões e 10 desligamentos;
  • Três Rios: 36 empregos, 426 admissões e 390 desligamentos;
  • Valença: 51 empregos, 172 admissões e 121 desligamentos;
  • Vassouras: 3 empregos, com 70 admissões e 67 desligamentos;
  • Volta Redonda: -99 empregos, 1.465 admissões e 1.564 desligamentos

E no somatório de janeiro a agosto, todas as cidades citadas apresentam retração, com destaque para Volta Redonda. A cidade que mais emprega também é a que mais teve desligamentos: 11.476 admissões e 15.223 desligamentos, saldo anual de -3.747 postos de trabalho. Em seguida, Resende tem saldo anual de -2.079 (5.257 admissões e 7.336 demissões) e Angra dos Reis -1.567 (4.241 admissões e 5.808 desligamentos).

Para a economista e educadora financeira, Eliane Barbosa, o desempenho dos municípios pode estar relacionado diretamente à pandemia. “Muitos setores apesar de retomarem gradativamente suas atividades enfrentam dificuldades de mercado, vendas, exportações, importações. Isso implica em demissões e ajustes no quadro de funcionários. Com a economia retraída, desemprego afligindo 13,1 milhão de pessoas, a renda cai e o dinheiro deixa de circular. Uma cadeia que impacta as vendas e a produção de setores importantes da economia regional”, comenta.

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