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Cabo Verde pretende extinguir pobreza extrema até 2026

Por Andre
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NOVA IORQUE

No sábado, dia 23, o primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, participou de um debate de Alto Nível na Assembleia Geral da ONU. Durante seu discurso, ele enfatizou a importância dos princípios democráticos e do compromisso com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). Correia e Silva expressou preocupação com o aumento do populismo, extremismo e ataques à democracia, ressaltando o compromisso de Cabo Verde com a democracia constitucional e condenando golpes de Estado como meio de acesso ao poder.

O líder de Cabo Verde destacou a disposição do país em colaborar com todos os Estados-membros da ONU para abordar a insegurança na região oeste-africana e globalmente. Ele enfatizou a importância de sistemas eleitorais e judiciais confiáveis, liberdade de imprensa e instituições sólidas na manutenção da confiança nas regras da democracia e na prevenção de crises e conflitos graves.

Correia e Silva também enfatizou a relevância da prevenção de conflitos como parte integral do progresso em direção aos ODS, delineando as prioridades de Cabo Verde, como a erradicação da pobreza extrema até 2026, investimentos na educação, transição energética, redução da dependência de águas subterrâneas para a agricultura e transformação digital da nação. Ele reiterou o compromisso de Cabo Verde com a Agenda 2030 da ONU como seu guia para o progresso.


O líder cabo-verdiano salientou que o contexto global desafiador não deve enfraquecer os compromissos com a Agenda 2030, mas sim impulsionar reformas, investimentos, financiamento, parcerias e solidariedade internacional. Ele enfatizou a importância de instrumentos de financiamento climático e ambiental, aumento dos Direitos de Saque Especiais com regras simplificadas e alívio da dívida dos países menos desenvolvidos.

Correia e Silva também mencionou o acordo entre Cabo Verde e Portugal para transformar a dívida bilateral em financiamento climático e ambiental. Ele ressaltou que um maior envolvimento de parceiros resultaria em investimentos transformadores de maior alcance e efeitos acelerados.

Por fim, Correia enfatizou a necessidade de transformações estruturais na África para diversificar economias, aumentar a integração nas cadeias de valor e melhorar a competitividade.

* Luciano R. Pançardes – Editor-chefe

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