Brasil lidera reunião pela democracia na ONU e deixa EUA de fora em meio a crise diplomática

Por Carol Macedo
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Por Silas Avila Jr

Nova York – O segundo dia da 80ª Assembleia Geral das Nações Unidas começou com um gesto de forte simbolismo político. Brasil, Chile e Espanha organizaram nesta quarta-feira (24) uma reunião de alto nível em defesa da democracia e contra o extremismo, com a presença de cerca de 30 países. O encontro reuniu presidentes, chanceleres e representantes de diferentes continentes para discutir os riscos impostos por discursos de ódio, desinformação e tentativas de golpe às instituições democráticas.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou seu discurso para destacar que as próprias democracias precisam reconhecer falhas internas. “Antes de buscar apenas as virtudes dos inimigos da democracia, é preciso ver os erros que nós cometemos, que abriram espaço para o avanço do extremismo”, afirmou. Lula reforçou que a defesa da democracia exige instituições sólidas, justiça independente e participação social.

O que mais chamou atenção, no entanto, foi a ausência dos Estados Unidos, que não receberam convite para o encontro. Segundo diplomatas envolvidos na organização, a decisão de excluir Washington foi deliberada: os promotores entenderam que não seria coerente incluir um governo que vem criticando publicamente as instituições brasileiras e impondo sanções unilaterais.

Até o momento, não houve reação oficial da Casa Branca, mas fontes diplomáticas relatam desconforto nos bastidores. A ausência reforça o tom da crise aberta entre Brasília e Washington, agravada após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro, as ameaças de tarifas comerciais e o uso da Lei Magnitsky contra integrantes do Judiciário brasileiro.

Com esse gesto, o Brasil buscou marcar posição no debate global sobre democracia: liderar a articulação de países do Sul Global e da Europa em torno de uma agenda comum, sem a tutela de potências tradicionais. Para Lula, foi uma oportunidade de mostrar que a defesa do Estado de direito não pode ser relativizada e que a soberania nacional precisa ser respeitada, mesmo diante da pressão de aliados históricos.

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