VALENÇA
Na noite de quarta-feira, dia 11, um incêndio florestal de grande proporção atingiu a Serra da Beleza, em Valença. A queimada se estendeu até a tarde desta quinta-feira, 12. Homens do Corpo de Bombeiros da cidade e de outras localidades, como Piraí e Nova Iguaçu se reuniu para combater as chamas que se alastraram rapidamente deixando a população e ambientalistas assustados. Uma aeronave também sobrevoou a área por algum tempo em apoio ao trabalho dos bombeiros.
Informações do Corpo de Bombeiros são de que o fogo atingiu toda a área da serra que liga os distritos de Conservatória e Santa Isabel do Rio Preto, mas não afetou nenhuma residência. Vale lembrar que, a área da serra atingida pelo fogo, trata-se do Monumento Natural Estadual da Serra da Beleza que abrange mais de 5 mil hectares, se estendendo para as cidades Barra Mansa e Barra do Piraí. À tarde, as guarnições dos bombeiros seguiam no local na tentativa de combater o incêndio. Até o fechamento desta edição, a fumaça também tomava conta da área atingida e ainda se espalhou pela redondeza. Além disso, as causas do incêndio também ainda eram desconhecidas.
OUTROS INCÊNDIOS
De acordo com ambientalistas que estão acompanhando as queimadas nas cidades da região e registros diversos feitos nas redes sociais, além de Valença, outras cidades têm sido atingidas pelo figo nos últimos dias. Volta Redonda, que é uma das cidades que está no radar do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) com relação aos perigos da onda de calor e a baixa umidade nos últimos dias, na terça-feira, dia 10, registrou um incêndio que atingiu também uma vegetação.
A área atingida em Volta Redonda está localizada entre os bairros Jardim Amália e Provence, mas as labaredas e a fumaça foram vistas de várias localidades da cidade. Vale lembrar que, mesmo sendo de grandes proporções, o incêndio, que iniciou por volta de 15 horas e foi controlado por volta de 21h25min pelos bombeiros, não deixou feridos e nem atingiu nenhum imóvel. As causas dessa queimada também ainda não foram descobertas.
DENÚNICA SOBRE INCÊNDIOS
Devido ao fato de que nas últimas semanas, tanto o país, quanto o Estado do Rio de Janeiro vem sofrendo com a estiagem, o forte calor e o aumento de queimadas, preocupado com o Meio Ambiente, o Linha Verde, programa do Disque Denúncia 0300 253 1177, específico para receber informações sobre crimes ambientais, disponibiliza seus canais de atendimento para que a população possa denunciar, de maneira anônima, 24 horas por dia, assuntos relativos à crise hídrica, como captação clandestina de água, comércio irregular de água, desperdício de água e queimadas.
Todas as informações que chegarem ao Disque Denúncia, serão direcionadas aos órgãos competentes. Até o momento, o serviço já recebeu mais de 15 mil denúncias de crimes ambientais no Estado, sendo 567 sobre captação clandestina de água, 189 sobre desvio de curso, 45 sobre desperdício e 10 sobre comércio ilegal de água. No que tange as denúncias sobre queimadas, o Linha Verde já cadastrou 379 denúncias, mais do que as 307 de todo o ano passado. Selecionando os assuntos de forma separada, o levantamento aponta que as denúncias sobre desperdício de água são mais numerosas na cidade do Rio de Janeiro, seguidas por Angra dos Reis, Itaboraí e Nova Iguaçu.
DENUNCIAR QUALQUER IRREGULARIDADE
Para denunciar qualquer irregularidade envolvendo assuntos relacionados à água, queimadas e outros crimes ambientais, a população de todo o Estado do RJ pode ligar 24 horas, sete dias da semana, para o telefone (21) 2253-1177 e para o 0300 253 1177, ambos com WhatsApp anonimizado – técnica de processamento de dados que remove ou modifica informações que possam identificar uma pessoa, ou então utilizar o App ‘Disque Denúncia RJ’. É possível denunciar ainda pelo site do Disque Denúncia www.disquedenuncia.org.br ou ainda pela FanPage do Linha Verde no facebook www.facebook.com/linhaverdedd.
Segundo o coordenador Geral do Disque Denúncia, Renato Almeida,
a estiagem e a seca neste período do ano sempre trazem um transtorno para os moradores. “Mas esse problema pode ser reduzido se a população denunciar alguns crimes ambientais, como desperdício de água e queimadas criminosas”, concluiu.
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