Barra Mansa terá Parque Tecnológico

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O município terá um Parque Tecnológico. A notícia foi dada ontem em encontro no gabinete do prefeito Rodrigo Drable (PMDB) com a presença do deputado federal Celso Pansera, do mesmo partido, do deputado estadual Comte Bittencourt (PPS), de representantes da Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia, de membros da Associação de Pesquisadores do Sul Fluminense, de secretários municipais e vereadores. E a implantação não será um projeto para o futuro. Será assinado o protocolo de intenção e criada a Lei de Incentivo ao Parque Tecnológico e do Fundo de Ciência e Tecnologia já no próximo mês, dia 2, dando viabilidade para o funcionamento imediato do parque.

“Penso que essa iniciativa tirará Barra Mansa da inércia e inaugura momento novo, onde possibilidades passam a se tornar realidade”, disse prefeito Rodrigo Drable

Inicialmente o escritório do Parque Tecnológico será na Faetec, no bairro Baldomero Barbará. E a estrutura para abrigar diversas empresas – como incubadoras, startups – no terreno onde funcionava a Edimetal, às margens da Via Dutra, no bairro São Silvestre. E o complemento do parque, no futuro será na Zona Especial de Negócios (ZEN), nas proximidades do bairro Moinho de Vento. “Penso que essa iniciativa tirará Barra Mansa da inércia e inaugura momento novo, onde possibilidades passam a se tornar realidade. Novos empregos serão gerados, novas tendências construídas e novas vocações poderão ser conquistadas e o futuro poderá ser diferente”, disse o prefeito.

Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico, Tecnologia e Inovação, Agnaldo Sebastião Raymundo, com as leis aprovadas pelo Legislativo, o protocolo assinado, um sonho de oito anos da associação de pesquisadores, se tornará realidade. “Pode ser uma mudança muito grande para Barra Mansa, de vocação. Quando assumi esse compromisso na prefeitura sempre pensei em fazer alguma coisa voltada para o futuro dos meus filhos. Queremos começar a construir algo para que as nossas crianças de hoje tenham a oportunidade de ficarem, se capacitarem aqui, sem precisar ir embora”, declarou.

E sobre essa capacitação, o secretário disse que a intenção é colocar universidades que falem de tecnologia e inovação, como um modelo existente em Santa Rita do Sapucaí, uma cidade parecida com Barra Mansa. Ele contou que as pessoas de lá acreditam ser a melhor cidade do mundo. “Queremos fazer as pessoas acreditarem que é possível. Eles  estão no meio de um vale, e por que não nós que estamos na beira da Dutra, entre as duas cidades mais desenvolvidas do estado, não podemos achar que isso pode acontece aqui”, questionou.

Além das empresas que podem se instalar na cidade, a capacitação é outro ponto forte do Parque Tecnológico. Um dos 36 fundadores da associação de pesquisadores, Alexandre Habibe, se emocionou no encontro ao falar da luta em deixar um legado no Sul Fluminense. “A maior parte de nós leciona em universidades e não precisaria lutar oito anos por isso, mas queremos construir algo significativo na região”, disse.

Ele esclareceu que o centro tecnológico coordenará o parque para atração de empresas voltadas para área de tecnologia e desenvolvimento. Atualmente o modelo é vinculado a pesquisadores e universidades. Seria voltado para atração de empresas, qualificação de pessoas e geração de inovações. “Num futuro próximo esperamos poder ter não apenas a qualificação em áreas específicas, como a de cursos de pós-graduação, mestrado e doutorado”, disse o professor da Uerj e UniFOA, acompanhado no encontro do também fundador da associações, outro professor, Alexandre Silva, da Universidade Federal Fluminense.

EM TODA A REGIÃO

Presente ao encontro, o deputado federal Celso Pansera lembrou que desde o começo do ano tem conversado sobre a criação do Parque Tecnológico. E não apenas em Barra Mansa. Ele conta que percorreu a região para falar com prefeitos sobre a importância desse assunto. O primeiro momento foi a articulação do polo visando organizar o processo produtivo e inovador na região que é bem estruturada, tem boa mão de obra gestora, como professores e doutores, um conjunto de novos prefeitos com pensamento inovador. O segundo ponto é fazer as alterações segundo a lei requer para a devida implantação para depois partir em busca de investimentos, projetos e recursos para transformar a ideia em realidade. E esse ponto será terá a ajuda dele na Câmara Federal.

O deputado lembrou que tendo a sede em Barra Mansa, a iniciativa será irradiada. Segundo ele, cada cidade tem vocação diferente e o Parque Tecnológico verifica a mesma e a expande, busca projetos para melhorar a economia de cada cidade, recursos. Além disso, lembrou que forma recursos humanos para áreas específicas. “Foi assim que o Médio Paraíba de São Paulo se tornou na potência que é hoje assim como em muitos outros lugares. Tem ilhas de excelência no Brasil que surgiu após iniciativa e aqui temos isso. Temos a massa crítica, estrutura das cidades boas, corredor econômico que é a Dutra, e um prefeito dinâmico e preocupado com o futuro, que é o Rodrigo. É um caldeirão cultural que pode significar uma virada no ponto de vista econômico e de desenvolvimento da região”, destacou o deputado.

O deputado estadual Comte Bittencourt disse ter ficado muito satisfeito com que ouviu no encontro, pois tem visto uma safra de novos prefeitos no estado que está buscando alternativas para os municípios não ficarem estagnados, mesmo com a crise do estado.

Encontro com pastores

Na manhã de ontem o prefeito Rodrigo Drable, acompanhado da vice-prefeita Fátima Lima, participou da terceira edição do Café com Pastores, realizada no Parque de Saudade. No encontro, estiveram presentes lideranças religiosas, além de secretários, vereadores, do presidente da Câmara de Vereadores, Marcelo Borges (PDT) e dos deputados federais Deley de Oliveira (PTB) e Alexandre Serfiotis (PMDB).

Durante o evento, o prefeito Rodrigo Drable conversou sobre temas pertinentes de interesse público de Barra Mansa. Dentre eles, a dívida com a Light, que chega a R$ 10 milhões, as inaugurações que vão acontecer no mês de aniversário de Barra Mansa e da economia que o governo tem feito em gastos com folha de pagamento, alugueis, UPA, merenda escolar.

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