BARRA MANSA
Já foi aprovado em primeira discussão na Câmara de Barra Mansa o projeto de lei de autoria da vereadora Cristina Magno, que cria o programa “Cuidando de quem cuida”, voltado para mães atípicas – aquelas que se dedicam integralmente a filhos com doenças raras ou deficiências, como Síndrome de Down, Transtorno do Espectro Autista (TEA), Transtorno do Déficit de Atenção com hiperatividade (TDAH), Transtorno do Déficit de Atenção (TODA), dislexia, entre outros, denominado como “Cuidando de quem cuida”.
O programa prevê uma série de diretrizes e estratégias por parte da Secretaria de Saúde de Barra Mansa para oferecer orientação psicossocial, acompanhamento terapêutico, atenção à saúde integral e fortalecimento da rede de apoio. A proposta também inclui ações de capacitação, autocuidado e suporte social, visando reduzir o impacto físico, emocional e econômico enfrentado por essas mulheres.
Segundo o texto, serão garantidas medidas de acolhimento, orientação no pós-parto, combate ao preconceito, apoio psicológico e espaços para rodas de conversa, debates e campanhas de conscientização. A lei, se sancionada pelo prefeito Luiz Furlani, ainda prevê a participação de diferentes áreas, como saúde, educação, assistência social e justiça, para ampliar a proteção e a qualidade de vida dessas famílias.
Cristina Magno ressaltou que o projeto nasce da necessidade de dar visibilidade e amparo às mães que enfrentam diariamente uma jornada de cuidados especiais. “Esse projeto de lei tem como foco acolher voluntariamente as mães que recebem a notícia de que seu filho (a) tem alguma deficiência ou doença rara e buscam apoio da atenção à saúde. Ouvir, validar seus sentimentos sem julgamentos e compartilhar vivências relacionadas à maternidade de uma criança com necessidades especiais, fortalecendo a rede de apoio e com as devidas orientações e acompanhamento”, disse, completando que ser uma mãe atípica é descobrir um universo amplo e ainda pouco conhecido que precisa de suporte. “A cada dia, mais mães se descobrem vivendo a maternidade atípica e precisam de orientação, acolhimento e apoio coletivo”, falou.
Outro ponto citado pela vereadora é o fato de muitas mães terem que abandonar a profissão já que a rotina é incompatível com a política da maioria das empresas. “Com tantas demandas, essas mães deixam de priorizar o seu próprio bem-estar e autocuidado e, com isso, podem chegar em um estado de esgotamento físico e psicológico. O suporte para isso garantiria uma ajuda em momentos importantes da trajetória dessas mães e cuidadores proporcionando um aumento da qualidade de vida da criança e, consequentemente, da família”, destacou,
O projeto de lei ainda precisa ser votado em segunda discussão pelo Legislativo para depois ser enviado para análise do prefeito.