BARRA DO PIRAÍ
Na tarde desta quinta-feira, dia 14, Barra do Piraí sediou, na Associação Rural Sul Fluminense, uma reunião de produtores de leite da região. O motivo do encontro foi o momento delicado que a produção leiteira está passando não só em âmbito estadual, como também em um contexto nacional. Segundo os produtores presentes, o preço do leite está abaixo dos níveis aceitáveis e os custos de produção estão muito altos. Assim, o objetivo dos envolvidos foi criar uma pauta para que as esferas estadual e federal sejam cobradas por uma maior valorização dos produtos internos.
Dentre os presentes no encontro estavam o presidente da Associação Rural Sul Fluminense, Alex Santana; o presidente do Sindicato Rural de Rio Claro, Carlos Eduardo Coutinho; a produtora de leite de Rio Claro, Edriana Martins Pereira; o presidente do Sindicato Rural de Barra Mansa, Adilson Resende; o líder dos produtores rurais, Joaquim Francisco Ribeiro; entre outras lideranças do sul fluminense.
A produtora de leite de Rio Claro, Edriana Martins Pereira, comentou acerca do momento dos trabalhadores desse ofício no estado. “Trabalhamos para a não extinção da nossa classe. Por vezes temos a impressão de que não possuímos produtores de leite no Rio de Janeiro, o que não é verdade. As políticas do estado não estão trabalhando em prol dos produtores rurais ou auxiliando em momentos de dificuldade como este. Por isso, estamos buscando alternativas para cobrar o governo nesse sentido”, afirmou Edriana.
O presidente do Sindicato Rural de Barra do Piraí e representante da Federação de Agricultura do Estado do Rio de Janeiro, Francisco Barbosa Leite, ressaltou a realidade atual desses produtores e reafirmou o intuito da iniciativa.
“O custo de produção não suporta esse preço atual do leite. Isso está levando vários produtores a parar com seus ofícios, causando assim, um retrocesso para a prática e um prejuízo enorme tanto para o produtor quanto para o estado do Rio de Janeiro. Estamos aqui para discutir e encontrar saídas para cobrarmos do Governo do Estado e Federal uma postura de maior valorização dos produtos estaduais e nacionais, reduzindo as importações de leite. Com essas importações vindas de outros países, estamos vivendo dias de angústia. Nossa conta não fecha. Esse não é um movimento político nem partidário, é um movimento de pessoas que estão dentro de uma atividade e que estão vivendo em um momento complicado”, pontua Chico Lei