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Bancos adotam novas regras para uso do cheque especial

Por Idel Pinheiro
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SUL FLUMINENSE

Estão em vigor as novas resoluções do Banco Central que autorizam os bancos a cobrar pelo limite de crédito disponibilizado na modalidade de empréstimo do cheque especial, com juros reduzidos. Para quem utiliza limite de até R$ 500, os juros são de 8%, perfazendo o teto de 150% ao ano. Para limite acima desse valor, o banco poderá cobrar a tarifa de 0,25% fixa, mesmo que o correntista não utilize o saldo. As novas regras valem para novos correntistas bancários, e será adotada para quem já tinha cheque especial, a partir de 1º de junho.

Segundo economistas, a dica para os correntistas que não usam ou tiveram pouca necessidade de pegar os valores do cheque especial, a dica é pedir a redução do limite do cheque especial ou pensar em pedir ao banco para cancelar definitivamente este benefício. Além disso, os correntistas devem ficar atentos, pois os bancos não podem aumentar o limite do cheque especial sem o consentimento do cliente. “Penso que é um momento propício para os correntistas avaliarem seu pacote de serviços com os bancos”, comenta o educador financeiro Evandro Batista, frisando que o contato com os bancos é fundamental. “Entender como vão agir perante a resolução. O cliente é que não pode ser surpreendido e para tal deve se informar e pedir o que achar melhor: reduzir ou cancelar o limite de cheque especial”, argumenta Batista.


De acordo com pesquisa feita pelo Serviço de Proteção ao Crédito Brasil, em 2019 aproximadamente 70% dos clientes bancários tinha cheque especial, mesmo sem solicitar. É o que ocorreu com a estudante Amanda Peixoto, de Resende. “Abri uma conta corrente particular em abril e três meses depois apareceram R$ 650 no meu saldo total. Tirei extrato e vi que lançaram limite de cheque especial. Não utilizo e sabendo destas normas vou pedir cancelamento”, conta.

A educadora financeira Eliane Barbosa, mostra que a melhor dica é rever gastos e criar recursos próprios para situações adversas. “Fazendo uma poupança de 10% do salário já é um bom começo. O saldo final permite uma condição de ter valor a médio e longo prazo para situações adversas, evitando empréstimos ou o uso do limite do cheque especial”, argumenta a economista, mostrando quanto o correntista pode desembolsar ao fim de um ano mesmo sem usar todo o limite do cheque especial. “A nova tarifa de 0,25% poderá ser cobrada de todos os clientes que possuam limite de cheque especial de R$500,01 ou mais. Para saldo de R$ 500 a tarifa mensal será de R$ 0,02 e R$ 0,30 ao ano. No limite de R$ 700, a tarifa mensal será de R$ 0,50 e R$ 6/ano. Agora, imagina quem tem limite de R$10 mil: a cobrança mensal será R$ 23,50 e em 12 meses R$ 285 de taxa”, simula.

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