Bancários definem Convenção Coletiva de Trabalho

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SUL FLUMINENSE

A categoria bancária definiu, no dia 4, a nova Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). A assinatura foi possível após aprovação em assembleias de bancários em sindicatos de todo o país do acordo entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Também foram assinados Acordos Coletivos de Trabalho (ACTs) com o Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Santander.

O acordo assinado com a Fenaban garante para este ano reajuste de 1,5% mais abono de R$ 2 mil e a reposição do Índice Nacional de Preço ao Consumidor (INPC) para demais verbas como vale-alimentação e vale-refeição, assim como para os valores fixos e tetos da PLR. Para 2021, haverá aumento real de 0,5% (INPC + 0,5%) e aumento real de 0,5% para salários. O resumo do acordo consta no link https://bit.ly/2Zid09O.  “Representamos em torno de 90% da categoria. Tivemos assembleias virtuais de fechamento com um público recorde votando. Foi com uma representatividade muito grande, com mais de 110 mil bancários que participaram dessas assembleias. Isso é muito importante”, disse a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramos Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira.

A Contraf-CUT definiu a renovação do ACT dos funcionários do Banco do Brasil com validade de dois anos (1º de setembro de 2020 a 31 de agosto de 2022). Ele garante a manutenção de todos os direitos clausulados, além de reajuste de 1,5% e abono de R$ 2 mil em 2020, mais ganho real de 0,5% (acima da inflação) em 2021 sobre todas as verbas de natureza salarial. Ainda no dia 4, foi assinado o ACT dos empregados da Caixa Econômica Federal, que valerá para os próximos dois anos.

O acordo garante, entre outros pontos, todos os direitos anteriores do último acordo. Entre eles a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e o Saúde Caixa Para Todos, vencendo o teto de 6,5%, inserido no estatuto da Caixa em 2017. Foi mantido o modelo de custeio baseado no pacto intergeracional, mutualismo e solidariedade. E ainda reajuste de 1,5% e abono de R$ 2 mil em 2020, mais ganho real de 0,5% (acima da inflação) em 2021 sobre todas as verbas de natureza salarial.

Já os bancários do Santander definiram no dia 3, o ACT. Em assembleia virtual os trabalhadores aprovaram os acordos que preveem a antecipação da PLR e sobre o banco de horas negativo. A antecipação da PLR foi aprovada por 92,96% dos votos dos trabalhadores e o acordo de banco de horas teve 90,14% dos votos pela aprovação. Segundo o Sindicato dos Bancários do Sul Fluminense, na região a votação foi bastante expressiva, com 90% de aprovação e 10% de abstenção sobre o número de votos da categoria participante.  “Tivemos uma campanha totalmente atípica, em função da pandemia do novo coronavírus. No entanto, conseguimos garantir conquistas, graças à unidade da categoria”, analisam os diretores da entidade sindical.

O acordo específico do Santander permitiu ao banco antecipar o pagamento da regra integral da PLR para 30 de setembro. Segundo as entidades, o banco creditará na mesma data o Programa Próprio Específico (PPE), correspondente ao primeiro semestre e 2020. O PPE é um bônus pago a apenas algumas áreas do banco que são elegíveis.

Pelo acordo, o Santander efetuará o pagamento até 3 de março de 2021 do Programa de Participação nos Resultados Santander, mais a diferença nas parcelas adicionais e fixas correspondente ao lucro do segundo semestre.

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