SUL FLUMINENSE
Dados divulgados pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) apontam que a balança comercial fluminense registrou superávit de US$ 2,2 bilhões de janeiro a abril de 2021. Com exportações totais de US$ 9 bilhões e importações de US$ 6,8 bilhões, o Rio manteve-se como o segundo player entre os estados do país com maior fluxo internacional, registrando uma corrente de comércio de US$ 15,8 bilhões. Para acessar o conteúdo interativo do Rio Exporta maio 2021, clique em www.firjan.com.br/rioexporta
De acordo com o coordenador da Firjan Internacional, Giorgio Luigi Rossi, o boletim de comércio exterior Rio Exporta, elaborado pela Federação, mostra que as vendas do estado do Rio cresceram 1% no acumulado anual, como reflexo do aumento de 2% nas exportações de produtos básicos, sendo a maioria pertencente à indústria de petróleo e gás (77%). “São sinais tímidos de retomada, devido ao impacto forte da pandemia. Mas registramos evolução positiva mês a mês. O superávit passou de R$ 1,6 bi no trimestre para R$ 2,2 bi no quadrimestre”, analisa.
O documento ainda demonstra que outras indústrias fluminenses também apresentaram alta nos embarques, como Metalurgia, com crescimento de 33% (US$ 837 milhões) e Máquinas e Equipamentos, com aumento 24% (US$ 132 milhões). Em relação aos principais produtos, as vendas de torneiras, válvulas e dispositivos semelhantes registraram o maior crescimento no período (235%), seguido por veículos de carga (106%).
Segundo o presidente e CEO da marca Volkswagen Caminhões e Ônibus, Roberto Cortes, o resultado atual das exportações está baseado num grande plano de internacionalização da marca. “Essa estratégia, inclusive, é um dos pontos fundamentais do nosso atual ciclo de investimentos, de R$ 2 bilhões, iniciado neste ano. Ampliamos as vendas a novos mercados e expandimos também nosso portfólio com os países que já comercializam os caminhões e ônibus Volkswagen. Duplicamos nossas vendas internacionais no primeiro quadrimestre de 2021, na comparação com o mesmo período do ano passado, saltando de 1.084 para 2.527 unidades. No cenário macroeconômico, alguns indicadores também favorecem o saldo: a desvalorização do câmbio e a recuperação da economia com muita demanda por caminhões, especialmente aqui na América Latina”, cita.
Petróleo
Em relação ao comércio de petróleo, as vendas fluminenses totalizaram US$ 6,8 bi, alta de 2% ante o mesmo período de 2020, tendo a China (US$ 4,2 bi) como principal destino, com 62% de participação. Mas as vendas de petróleo mostraram crescimento do volume para outros parceiros, além da China: Chile (105%), Coréia do Sul (42%) e Índia (22%).
No comércio exclusive petróleo (US$ 2,2 bi), houve queda de 1% no acumulado anual, resultado de uma retração de 15% das exportações para o USMCA (bloco norte-americano formado por Estados Unidos, México e Canadá) e de 39% para a União Européia. Os embarques para os EUA representaram 41% do total. Já a Argentina, que é o segundo maior importador de produtos fluminenses, aumentou suas compras em 72%. Quanto às importações exclusive petróleo, a principal origem são os EUA, que corresponderam a 31% das compras fluminenses no quadrimestre.
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