BARRA MANSA
A pandemia do novo coronavírus aumentou significativamente a compra de produtos alimentícios. Isso fez com que consumidores dos supermercados da região, sentissem o impacto no bolso. Segundo um levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), os alimentos tiveram impacto, respondendo por 34% da inflação nas de baixa renda.
De acordo com o consumidor de Barra Mansa, Wagner Lúcio Gomes, os valores de alguns itens essenciais tiveram um aumento que preocupa na hora da compra. “Acabei de fazer uma compra agora e está um absurdo o preço de alimentos essenciais como, o arroz e o óleo. Está difícil fazer uma compra de mês, estamos tendo que vir aos poucos nos supermercados para não sentir tanto o impacto”, pontuou Wagner, ressaltando ainda que, o aumento do preço está acontecendo de maneira geral em todos os supermercados e que a fiscalização neste momento deveria ser mais recorrente. “Acredito que a fiscalização dos preços, deveria acontecer de forma mais frequente. Está acontecendo o aumento das mercadorias em todos os supermercados da cidade, estamos ficando sem opções”, lamentou o consumidor.
André Ottoni foi outro consumidor a falar dos altos preços. “Notei esse aumento que chamo de abusivo de 15 dias para cá. Os supermercados estão colocando na promoção leite a R$ 4,99, sendo que o preço na promoção já paguei R$ 2,99. Está complicado, tento comprar marcas mais baratas porque o dinheiro não está rendendo. É um absurdo essa falta de sensibilidade com o outro que muitas vezes não está conseguindo colocar o pão da mesa da família. E não podemos nem falar que os supermercados ou fabricantes tiveram prejuízos nessa pandemia. Foram os únicos a terem lucros muito altos”, destacou André.
O cliente Hélio Bernardo da Silva também relatou que a melhor forma de burlar os preços são as pesquisas em mais de uma rede de supermercados.
De acordo com o gerente de um dos supermercados da cidade, Joel Jairo de Souza, o aumento nos preços se dá pelo alto valor dos produtos recebidos pela indústria.“ O que acontece é que estamos repassando os preços que estamos recebendo das indústrias. Estamos cientes das reclamações e fazendo o possível, junto com o nosso comercial e fornecedores, através de negociações e encartes com promoções para que os consumidores não se prejudiquem”, afirmou o gerente, ressaltando ainda que o supermercado está utilizando uma menor margem de preços para não assustar os clientes.
O jornal A VOZ DA CIDADE, entrou em contato com o Procon de Barra Mansa, para falar em relação ao aumento significativo dos preços e a fiscalização de mercadorias com valores abusivos. De acordo com a gerente, Natália Sousa, as fiscalizações continuam sendo realizadas, porém, muitas vezes, a alta do preço se dá devido o valor cobrado pelo fornecedor. “Estamos recebendo muitas denúncias e realizando as fiscalizações. Porém, muitas vezes, quando solicitamos a nota fiscal do supermercado para sabermos o valor no qual foi comprado o produto, percebemos que a alta se dá devido o valor cobrado pelo fornecedor, que quando não é do município, não podemos fiscalizar”, informou a gerente acrescentando que ontem,dia 3, foi realizada uma autuação em um supermercado da cidade devido o preço cobrado nas mercadorias.
AUMENTO DE 3,21% NO MÊS DE AGOSTO
Em agosto, o Procon do município, realizou a averiguações de valores dos 34 itens que compõe a cesta básica. No total, sete supermercados da região central do município foram fiscalizados. De acordo com o órgão, foi constatada uma variação de custo entre os produtos da ordem de R$ 29,33. No geral, houve um registro de aumento dos preços que representa 3,21%, em relação ao mês anterior.
