Audiência Pública para discutir ideologia de gênero nas escolas de Volta Redonda divide opiniões

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A Audiência Pública realizada, na noite de terça-feira, 5, pela Câmara de Vereadores de Volta Redonda atraiu centenas de pessoas, entre jovens e adultos. O evento, que foi convocado pelo Legislativo por solicitação do vereador Paulo Conrado (PRTB), autor da Lei que proíbe a inclusão de temas relacionados à ideologia de gênero no currículo das escolas municipais, lotou o Plenário do Legislativo. A discussão foi sobre a possível inclusão de conteúdos relacionados à chamada ideologia de gênero no currículo das unidades escolares do município. Como todo assunto polêmico, o evento e o tema dividiram opiniões. De um lado os que não apóiam a ação e do outro aqueles totalmente contra.
Para muitos que participaram da audiência, a discussão foi tensa e no final não levou a lugar nenhum, a não ser estresse e constrangimento. Uma das participantes, a dona de casa Elionora Maria de Freitas, 43 anos, a audiência não acrescentou nada para ela. Disse que foi ao evento a convite da filha adolescente e outros jovens com a finalidade de entender o assunto, mas saiu do local pior. “Na verdade, ninguém falou nada com nada a não ser o lado contra que massacrou o outro lado. “Sou a favor da família tradicional, mas não gostei do que vi. Como disse, fui à audiência para ter algum esclarecimento, mas não adiantou. Vi muitas ações de desrespeito e preconceito. Não gostei. Todo ser humano é igual perante Deus, seja ele homem, mulher ou homossexual. Acho que um deve respeitar a opinião do outro. E não fazer o que fizeram”, criticou.
Outra que não aprovou a audiência foi a estudante Danielle Marta de Arantes, 23 anos. Disse que foi mesmo para ver até onde vai essa discussão. Lamentou que a Câmara de Vereadores tenha força para lotar um plenário para discutir um assunto que deveria ser tratado em família, mas não faz o mesmo para chamar a população para derrubar a Reforma Trabalhista que só prejudicou o trabalhador brasileiro e impedir a aprovação da Previdência.
O vereador Issac foi um dos que declarou contrário à ideoligia de gênero nas escolas. Em seu discurso falou sobre a importância da união da igreja e de toda sociedade, para que não deixemos, em hipótese alguma, levar este assunto para nossas escolas e creches.”Ressaltamos que, não somos preconceituosos, mas como cristãos, acreditamos na palavra de Deus, que diz:”Deus criou o homem à sua imagem; criou-o à imagem de Deus, criou o homem e a mulher e os abençoou: Frutificai e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a” (Gn 1,27-28)”, declarou.
Lembrou que, como fiscais do Poder Executivo, os vereadores estão acompanhando de perto as escolas de nosso município, para que façam cumprir a lei aprovada por esta Casa, que proíbe a discussão sobre o tema nas unidades escolares. “Acreditamos que o Governo Municipal está de acordo com nosso pensamento e dos outros 21 vereadores desta legislatura”, discursou. A jovem Ana Mara Santos, 25 anos, garantiu que não é preconceituosa e muito homofóbica, mas não é favor dessa discussão nas escolas, ainda mais entre crianças pequenas. Lembrou que a educação vem de casa e não se aprende na escola. Por isso, o tema deve ser discutido e, casa da melhor forma escolhida pela família e não por professores.

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