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Audiência pública em Volta Redonda trata sobre atendimento precário da Light

Por Carol Macedo
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VOLTA REDONDA

Demora no atendimento ao cliente, queda e interrupção constante de luz, postes sem manutenção colocando em risco a vida dos moradores, cobranças indevidas. Estas foram as principais queixas da comunidade e representantes da sociedade civil aos representantes da Light S/A, durante audiência pública, comandada pelo vereador Halison Vitorino, na Câmara Municipal, na noite dessa quarta-feira, dia 6, em Volta Redonda.

Os resultados dos trabalhos serão encaminhados pelo vereador à diretoria da Light S/A, na próxima segunda-feira, dia 11,quando o parlamentar terá reunião com representantes da empresa no Rio de Janeiro. Hálison Vitorino antecipou ainda que seguirá, logo depois para Brasília, onde pretende protocolar o mesmo documento à Aneel, responsável por gerencia a concessão de energia Light S/A. “Não descartamos ainda a possibilidade de uma CPI e de acionarmos o Ministério Público, caso a situação não se resolva, pois cada dia constatamos que os atendimentos prestados pela Light S/A, lideram a lista de queixas da população que clama por luz”, ressaltou o vereador.

O debate acerca das queixas envolvendo os serviços prestados pela Light, se estendeu por mais de três horas, com relatos da população e dos vereadores Nenem, Cacau da Padaria, Raone, Lela e Edson Quinto e Vampirinho, sobre o drama vivido por moradores, entre eles, do São Luiz, Santa Rita e Santa Cruz, os que mais se queixaram por terem ficado às escuras por dias. “Temos picos de energia, que somam entre cinco a sete vezes por dia, fora os dias em que ficamos completamente sem luz, por horas. A situação tende a se agravar ainda mais após a construção de quatro novos condomínios, com cerca de 10 mil novos moradores. Como a Light vai resolver isso? Pois pelo que vemos o nosso futuro promete ser às escuras”, indagou o presidente da Associação de Moradores do Santo Agostinho, Leandro de Souza.

História semelhante se repete em demais localidades da cidade. Outro exemplo foi da moradora da Santa Cruz, Tânia Regina Braga. Segundo ela, o equipamento solta faíscas e estouros tiram o sono dos moradores. “A gente morre de medo do transformador explodir e machucar alguém. Já imploramos a Light, mas nada acontece. Sem contar com os picos de luz que queimam nossos eletrodoméstico. Mas a conta chega em dia”, ressaltou Regina Braga.

Vereadores também não pouparam críticas aos serviços. Neném, por exemplo, relatou o drama vivido pela família dele. A casa do  pai do vereador, de 90 anos, ficou sem luz por vários dias. “Estou revoltado e acredito que somente uma ação judicial resolva este impasse e impeça que a empresa renove sua concessão”, disse o vereador respaldado pelos demais parlamentares.


EMPRESAS

A demora nos atendimentos também impacta no desenvolvimento econômico da cidade. Os engenheiros eletricista Jaime Monteiro Filho e Flávio Sebastião Pereira, se queixaram da demora em liberação de processo para instalação de energia em novos projetos. Segundo eles, os pedidos levam em média até oito meses, atrasando a entrega das obras, gerando em alguns casos multas para as construtoras. “O cliente compra um imóvel, estipulamos data para entrega e sem luz não há como liberar a entrega das chaves provocando um caos e prejuízos para os consumidores”, ressaltou Jaime.

LIGHT

O representante da empresa, Joelson Matos garantiu que vai levar as queixas para a diretoria da Light. Em relação aos moradores do Santa Cruz, a empresa, segundo ele, estará no local nos próximos dias realizando ampla manutenção na localidade. Quanto a falta de luz, Joelson explicou que o restabelecimento de energia, as vezes, é demorado por conta de queda de árvores e postes, exigindo troca de fiação e colocação de novos postes. “Estamos trabalhando duro para atender a população, mas em época de chuvas, a demanda de fato é alta e priorizamos as áreas de maiores danos”, explicou.

Participaram da audiência a funcionária da Light, Monique Ferreira e Fabiana Almeida. A  OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), foi representada pelos advogados José Roberto Paiva e Robson Malta. As associações de moradores foi representada por Fátima Martins. Os deputados Tande Vieira, Jari e Munir Neto também enviaram representantes. Pelo UniFoa (Centro Universitário de Volta Redonda), o engenheiro Márcio Lins.

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