“A nossa luta unificou. É estudante, funcionário e professor”. Com essas e outras palavras de ordem, estudantes e professores de Volta Redonda e Angra dos Reis promoveram no início da noite desta quarta-feira, 8, um manifesto a favor da Escola Pública e contra os cortes de verbas nas universidades e institutos federais. Em Volta Redonda, o manifesto foi realizado na Praça Brasil, no bairro Vila Santa Cecília, e segundo a Guarda Municipal e Polícia Militar, contou com a presença de 800 manifestantes. Mas de acordo com o Sindicato da Construção Civil, cerca de mil pessoas estiveram presentes.
Em Volta Redonda, por volta das 17 horas, os grupinhos foram chegando aos poucos e em menos de meia hora já era grande a aglomeração de estudantes e populares na Praça Brasil. Em seguida, cantando, exibindo cartazes e gritando palavras de ordem os manifestantes criticaram duramente os cortes de verbas nas universidades e institutos e deram o tom à manifestação pacifica. Os diferentes coletivos ligados à Universidade Federal Fluminense (UFF), no carro de som, animaram a caminhada de protesto pelas principais ruas do bairro Vila Santa Cecília em direção da Praça Juarez Antunes, local da finalização do ato ‘gigante’, segundo uma das acadêmicas. Durante a caminhada a PM e a Guarda Municipal orientaram o trânsito. “É uma retomada do caminho, acredito”, disse o professor Luiz Henrique, ex-coordenador do Movimento Pela Ética na Política (MEP).
Em Angra dos Reis, a Universidade Federal Fluminense, única faculdade pública na Região da Costa Verde e que abriga o Instituto de Educação de Angra dos Reis (IEAR), também manifestou. O ato aconteceu no Centro da cidade e chamou a atenção para os cortes de verbas para a Educação Pública. Alunos, professores, funcionários terceirizados e estudantes de outras instituições, como o CEFET, caminharam juntos pelas ruas. Vale lembrar que o Campus Angra oferece os cursos de Licenciatura em Pedagogia e Geografia e o de bacharelado em Políticas Públicas.
O ato de quarta-feira, segundo os organizadores, foi um ‘esquenta’ para o grande manifesto marcado para o dia 15 em todo o País.