BARRA MANSA/VOLTA REDONDA
Carros em péssimas condições de uso, atraso diário com o não cumprimento dos horários, superlotação e outros problemas. Essas são as principais queixas de usuários do transporte público de Barra Mansa, Pinheiral e Volta Redonda. Os mais prejudicados são os que dependem das linhas municipais e intermunicipais, de responsabilidade da Viação Agulhas Negras e Pinheiral, entre elas a Região Leste de Barra Mansa, bairros adjacentes e da Cidade do Aço.
Segundo os reclamantes, os problemas que envolvem o transporte público são antigos e que pioram a cada dia. Por isso, cansados de tanto sofrer, um grupo de usuários iniciou um abaixo-assinado físico e online, para obter o maior número de assinaturas solicitando a substituição da empresa Agulhas Negras da Região Leste, Barra Mansa. Os usuários, em redes sociais, chegaram a iniciar uma discussão para buscar alternativas para não depender mais do transporte público. “Não encontra um ônibus de boa qualidade na empresa Agulhas Negras. Todos os dias, dois ou mais ônibus quebrados, deixando os passageiros a ver navios pelas ruas. Da região Leste, gastamos com passagem que não é devolvida quando o ônibus quebra e ainda temos que pagar o Uber para nos levar ao nosso destino. Além disso, muitos chegam atrasados ao serviço. Essa empresa já deu, está uma vergonha”, criticou outro usuário.
A superlotação é um dos problemas enfrentados pelos usuários – Divulgação
Abaixo-assinado e manifesto
Um ato está marcado para o próximo dia 19, a partir das 14 horas, na Praça Brasil, no bairro Vila Santa Cecília, em Volta Redonda, não só em protesto pela situação da linha intermunicipal, mas contra a situação em geral de Barra Mansa e Volta Redonda, que têm como responsáveis as empresas Agulhas Negras e Pinheiral. “Nós, moradores da Região Leste, não suportamos mais o descaso da empresa Agulhas Negras. Os carros não têm segurança e não têm ônibus o suficiente para nos atender. Desejamos a substituição da Viação Agulhas Negras por outra”, declarou uma das usuárias que está convocando outros moradores para participar do abaixo-assinado e, também do manifesto na Praça Brasil. Indignada com a situação, a usuária declarou que a situação está cada vez pior e, por isso, está convocando os moradores das duas cidades que dependem do transporte público e estão insatisfeitos. “Nós usuários estamos indignados, ônibus sem condições de andar e só anda em alta velocidade. Motorista foge do trajeto, discute com os passageiros. Fora outras situações que envolvem as pessoas, como a que aconteceu esses dias que prenderam o pé de um rapaz na porta do ônibus. Ele até que conseguiu tirar o pé, mas ficou sem o chinelo em plena Vila Santa Cecília, pois tiveram que jogar o chinelo dele pela janela. Não somente isso, mas outras situações. O ônibus que cabe 120 passageiros, carrega 250”, relatou a passageira.
Outros moradores das duas cidades ouvidos pelo A VOZ DA CIDADE declararam que tal situação não pode continuar, mas para melhorar, as pessoas que dependem do serviço devem começar a agir e buscar uma solução. “Não aguentamos mais tanto descaso. Os ônibus nunca cumprem o horário. Sem contar que todos os carros estão muito velhos. Final de semana, a situação é muito pior, não tem ônibus. Para ir trabalhar é um sacrifício. Acho que essas empresas acham que a gente não trabalha nos fins de semana”, queixou-se outro passageiro.
Os usuários, em redes sociais, chegaram a iniciar uma discussão para buscar alternativas para não depender mais do transporte público – Divulgação
Precariedade dos ônibus
Os reclamantes destacaram que pela precariedade dos ônibus oferecidos pelas empresas, temem por situações graves, como acidentes, já que muitos ônibus quebram em locais perigosos, como um, recentemente, que perdeu os freios no Paraíso, e outro na Dutra, na subida do bairro Santa Rita. Na ocasião, os passageiros, em pânico, tiveram que descer do coletivo e esperar outro. Dos moradores dos bairros Belo Horizonte e Açude, em Volta Redonda, as queixas são as mesmas.
O A VOZ DA CIDADE tentou contato com representantes das duas empresas para falar sobre as queixas. No entanto, até o fechamento desta edição, nenhuma das empresas retornou. O espaço está aberto caso elas queiram se manifestar.
