Atividade no varejo tem alta de 2,8% em 2018, segundo CNDL/SPC Brasil

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SUL FLUMINENSE

As vendas satisfatórias registradas pelos empresários do setor de comércio varejista no Sul Fluminense, sobretudo no segundo semestre, integram a base de crescimento em 2,8% das consultas de vendas a prazo em dezembro de 2018, no comparativo com o mesmo período do ano anterior. Segundo dados da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas e o Serviço de Proteção ao Crédito Brasil (CNDL/SPC Brasil), esta representa a maior alta registrada para o mês de dezembro desde 2014, no acumulado de 12 meses, quando houve aumento de 2,2%.

O Indicador de Atividade do Comércio é construído a partir das consultas de CPFs e é um termômetro da intenção de compras a prazo por parte do consumidor, abrangendo os segmentos de supermercados, lojas de roupas, calçados e acessórios, móveis e eletrodomésticos. “De fato quase que 95% das minhas vendas foram realizadas com pagamento à prazo, o que amplia a oferta ao consumidor na chance de levar mais mercadorias. Para pagamento à prazo utilizamos o cartão de crédito e também o crediário. Poucas pessoas utilizam cheque atualmente. As vendas em dezembro, perante o mesmo período de 2017 foi com alta em torno de 10% na minha loja”, comenta o gerente Paulo Roberto Falcão.

O índice confirma a tendência de retomada do varejo, que segundo dados do IBGE relativos ao terceiro trimestre de 2018 mostram um avanço de 3,3% no PIB do comércio no acumulado de quatro semestres. “A melhora dos níveis de confiança e o clima de otimismo para uma retomada mais forte da economia ajudaram a impulsionar a atividade varejista. Mesmo considerando apenas uma parcela das vendas, aquelas feitas a prazo, o Indicador sugere avanço das vendas do varejo ao longo do último ano”, analisa a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.

Para calcular os dados, o Indicador de Atividade do Comércio é construído a partir das consultas de CPFs feitas nas bases de dados que o SPC Brasil tem acesso. As consultas de CPF indicam a intenção de compra a prazo por parte do consumidor e podem resultar, ou não, na efetivação da venda. Para a construção do Indicador foi considerado apenas as consultas feitas pelo setor de Comércio.

IBGE

E de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em novembro de 2018, o comércio varejista nacional cresceu 2,9% frente a outubro, na série com ajuste sazonal. Com isso, a variação da média móvel do trimestre encerrado em novembro foi de 0,4%.

Na série sem ajuste sazonal, frente a novembro de 2017, o volume de vendas do comércio varejista cresceu 4,4%. O acumulado no ano foi 2,5% em novembro, enquanto o acumulado nos últimos 12 meses ficou em 2,6%.

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