Associação de caminhoneiros desconhece atos de vandalismo e afirma que movimento foi suspenso

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BARRA MANSA

Em entrevista nesta quinta-feira ao A VOZ DA CIDADE, o diretor Vinicius de Paiva, da Associação dos Caminhoneiros do Sul Fluminense disse que os participantes do movimento de ontem não tiveram nada a ver com piquetes e vandalismo na Rodovia Presidente Dutra e, que por conta disso, o movimento foi suspenso. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), por volta das 22 horas de ontem a equipe recebeu informação de que na altura do Km 262 da Dutra, sentido São Paulo, em Barra Mansa, a rodovia estava interditada por conta de manifestantes do movimento.

Segundo a PRF, manifestantes haviam jogado pneus de caminhões na pista, fazendo duas carretas pararem, uma na faixa da esquerda e a outra na faixa da direita, após a imobilização dos veículos os manifestantes aproveitaram e cortaram as mangueiras de ar dos freios travando as carretas, e fugindo em seguida, antes da chegada da PRF. Foram ainda averiguar outro ponto, Km 278 da rodovia, sentido Rio de Janeiro, ainda em Barra Mansa, onde informações apontavam que manifestantes tinham agido da mesma forma, cortando mangueiras de ar dos freios de um caminhão, que ficou travado no meio da pista, obstruindo o fluxo.

De acordo com o representante da Associação dos Caminhoneiros do Sul Fluminense, que estava à frente do movimento ontem, eles participaram de uma reunião a noite para definir os rumos do movimento para esta quinta-feira e depois foram assistir um jogo de futebol próximo a associação, que fica no Km 262, posto Campestre, no Boa Vista. “Nosso intuito não era vandalismo quando iniciamos o movimento. A polícia chegou por volta das 23h30min quando estávamos assistindo ao jogo e fomos pegos de surpresa com o que aconteceu. Decidimos então esperar, não realizar nenhum manifesto hoje e vamos aguardar posicionamento de Brasília”, contou, completando que não faz sentido eles estarem em um local e fazerem manifesto tão próximo de onde estavam e ainda permanecerem. “Acreditamos que foi uma ação para quebrar o movimento, porque até pode entrar briga partidária, mas nós lutamos por uma categoria e não por um partido. Resolvemos parar antes que alguma coisa séria acontecesse”, afirmou.

MAIS AÇÕES

Na quarta-feira já tinham sido identificados pela PRF ações de vandalismo, onde quatros suspeitos de terem danificado as mangueiras de ar dos freios de uma carreta, na altura do km 276, sentido Rio de Janeiro, foram levados para delegacia. O condutor informou aos agentes que os suspeitos estariam em um fusca branco e que teriam seguido sentido Rio de Janeiro. A equipe partiu em busca dos elementos, abordando o fusca branco na altura do km 268, sentido Rio, em Barra Mansa, sendo encontrado o facão no interior do veículo.

Durante a manifestação de quarta-feira houve apedrejamentos em ao menos dois para-brisas e um motorista chegou a ser atingido. Houve também, durante a madrugada, a tentativa de atear fogo em pneus.

A Associação dos Caminhoneiros do Sul Fluminense afirma que desconhece essas ações e que esse não foi o intuito do ato.

A PRF informou que continua efetuando monitoramento da via, realizando rondas e estacionamentos em pontos críticos. A 7ª Delegacia da PRF conta com reforço de equipes de outras delegacias e da superintendência da PRF do Rio de Janeiro.

MANIFESTO

Na madrugada de quarta-feira foi iniciado um manifesto para reivindicar que o piso mínimo de frete seja cumprido. A categoria protestou ainda pela antecipação da publicação do Código Identificador de Operação de Transporte (Ciot) no Diário Oficial, que está previsto para o próximo dia 23, e também contra o adiamento da votação no Supremo Tribunal Federal da ação que julga a constitucionalidade da tabela do frete mínimo rodoviário. Vários piquetes foram realizados na Rodovia Presidente Dutra em pontos diferentes durante o dia e a noite a categoria se reuniria para definir os rumos do movimento, com orientação da presidência da associação que estava em Brasília.

 

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