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Série de naufrágios matam refugiados no Mar Egeu

Por Mônica Vieira
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Três naufrágios ceifaram mais de 30 vidas na costa grega entre 21 e 24 de dezembro. Mais de 160 pessoas foram resgatadas, mas muitas ainda estão desaparecidas.

De janeiro até o final de novembro deste ano o ACNUR registrou mais de 2.500 mortes ou desaparecimento no mar na tentativa de chegar à Europa, principalmente através do Mediterrâneo e da rota marítima do noroeste da África.

As restrições de viagens relacionadas à pandemia podem ter afetado os números da migração internacional em 2021, mas o número de pessoas forçadas a deixar suas casas devido a conflitos e perseguições atingiu níveis recordes.

As recentes tragédias são só mais um exemplo de uma série de eventos catastróficos envolvendo migrantes, refugiados e pessoas deslocadas pelo globo, que atinge desde países africanos, Europa, Ásia e as Américas.

Na última semana, pelo menos 31 pessoas perderam suas vidas em três naufrágios no Mar Egeu, e um número desconhecido segue desaparecido, informou a Agência das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR). Também foram registradas, entre 21 e 24 de dezembro, o resgate de mais de 160 pessoas pela Guarda Costeira Grega, com apoio da Marinha e da Força Aérea, além de navios mercantes e particulares.

As recentes tragédias são só mais um exemplo de uma série de eventos catastróficos envolvendo migrantes, refugiados e pessoas deslocadas pelo globo, fenômeno que atinge desde países africanos, Europa, Ásia e as Américas.

“É necessária uma ação mais resoluta para conter o contrabando de pessoas e impedir aqueles que exploram a miséria e o desespero humanos. É desanimador ver tragédias evitáveis ​​como essas se repetindo. Não devemos nos habituar a ver corpos sendo recuperados no mar”, insistiu Maria-Clara Martin, representante do ACNUR na Grécia.

Série de acidentes – O primeiro naufrágio ocorreu na ilha de Folegandros em 21 de dezembro, com 13 pessoas resgatadas e três corpos de homens recuperados. Um sobrevivente disse à Guarda Costeira Helênica que cerca de 50 pessoas podem ter estado a bordo do barco que as transportava sem nenhum equipamento de segurança.

O segundo naufrágio, ao norte da ilha de Antikythera, resultou na perda de 11 vidas, enquanto 88 pessoas foram resgatadas.

Na véspera de Natal, um barco com pelo menos 80 passageiros virou na ilha de Paros, matando 17 pessoas, incluindo um bebê. Sessenta e três sobreviventes foram resgatados e levados para Paros, onde autoridades locais e residentes da ilha correram para ajudá-los com cobertores, comida e roupas.

Um ano de tragédias – O ACNUR estima que, de janeiro até o final de novembro deste ano, mais de 2.500 pessoas morreram ou desapareceram no mar na tentativa de chegar à Europa, através do Mediterrâneo e da rota marítima do noroeste da África.


As restrições de viagens relacionadas à pandemia podem ter afetado os números da migração internacional em 2021, mas o número de pessoas forçadas a deixar suas casas devido a conflitos e perseguições atingiu níveis recordes.

A Agência das Nações Unidas para Refugiados também registrou em novembro que mais de 84 milhões de pessoas foram forçadas a deixar suas casas. Esse número é um aumento em relação a 2020 e 2019, ambos anos recorde em termos de números deslocados à força em todo o mundo.

Conflito – O conflito é um dos principais motivos pelos quais as pessoas deixam suas casas em busca de uma vida melhor, e houve, infelizmente, muita violência para fugir ao longo do ano.

Muitos países foram afetados, como a República Centro-Africana, Sudão, República Democrática do Congo, Líbia, Bielo-Rússia, Etiópia e Afeganistão. Só neste último país, desde a tomada do Talibã em agosto, o número de deslocados internos já somam 3,5 milhões.

O conflito crescente na região de Tigray, na Etiópia, em 2021, causou preocupação generalizada e deslocamento em massa, com o ACNUR relatando pessoas desesperadas entrando no Sudão com pouco mais do que as roupas do corpo.

Desigualdade, pandemia e crime organizado – O volume de deslocamento no México e na América Central este ano foi descrito como “sem precedentes” pelo ACNUR. Quase um milhão de pessoas na região deixaram suas casas devido à falta de oportunidades, gangues, crime organizado, devastação da pandemia COVID-19 e mudanças climáticas.O México se tornou um dos principais países de destino, bem como uma nação de trânsito para os EUA, com cerca de 100 mil pedidos de asilo em 2021, um novo recorde.

Mais ao sul, o colapso socioeconômico contínuo da Venezuela foi fonte de uma das maiores crises de deslocamento do mundo. Mais de seis milhões de pessoas deixaram suas casas até agora e as necessidades dos refugiados e migrantes foram agravadas pela pandemia COVID-19.

A crescente importância da crise climática – Embora o conflito pareça continuar a ser um fator-chave do deslocamento voluntário e forçado nos próximos anos, a mudança climática provavelmente desempenhará um papel cada vez mais importante.

Na verdade, os dados do ACNUR mostram que, na última década, as crises relacionadas ao clima geraram mais do que o dobro de deslocamentos do que os conflitos e a violência: desde 2010, condições meteorológicas extremas obrigaram cerca de 21,5 milhões de pessoas a se mudarem por ano, em média.

AGÊNCIA NAÇÕES UNIDAS BRASIL

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