Artesão comemora a confecção de novas obras e fala do prazer em criar

0

VOLTA REDONDA

O artesão Clodoaldo de Araujo Maia Lucas, de 35 anos, comemora a confecção de novas obras. Residente no Santa Rita do Zarur, onde vive desde o seu nascimento, o artista também mantém seu atelier. Por isso, segundo ele, o espaço é bastante frequentado, já que desde a sua infância reúne e expõe suas obras o local. Atualmente, de acordo com o artista, o leão, o macaco, a coruja são os principais trabalhos que mais têm chamado a atenção do público em seu espaço.

Clodoaldo destacou que comemora a cada dia seus trabalhos, pois junto com sua minha família, em especial o pai Daniel Maia, seu principal influenciador para a arte, começou a trabalhar com uma das matérias primas que mais gosta, a madeira na qual produz a maioria das suas peças. “Desde de criança via e acompanhava meu pai em seus trabalhos na carpintaria manual. Também junto a isso fui desenvolvendo e gostando de desenhar. Na minha adolescência, além do desenho cheguei a fazer alguns trabalhos em massa adesiva. Fiz muitos personagens místicos e também caricaturas como Raul Seixas”, informou o artista, ressaltando que fazia também árvores de arame e pedras.

VENDAS PARA AMIGOS

Disse que chegou a fazer algumas vendas quando chegava amigos da família, olhava e gostava das peças e perguntava se ele vendia. “Eu ficava todo bobo quando alguém comprava uma peça minha. E foi ainda na adolescência que comecei a trabalhar com aerografia e desenhava em camisas, capacetes moto e outros”, contou.

Informou que, junto a esse trabalho também trabalhava com o pai na construção civil de ajudante. “A parte que eu mais gostava era a da carpintaria. Quando meu pai pegava serviços como restauração em móveis rústicos, gamelas, gaiolas, e em especial o pilão de socar paçoca de amendoim e arroz. Muitas pessoas nos procuravam para comprar o famoso pilão para socar paçoca. E eu sempre acompanhava meu pai e o ajudava em alguns de seus trabalhos”, disse, informando que isso o influenciou muito em estar trabalhando com artesanato nos dias de hoje e também aos seus três filhos que gostam muito de ver as peças depois de prontas. Relatou ainda que já trabalhou também em vários outros serviços por causa da responsabilidade que veio com o passar do tempo, a família aumentando e os filhos crescendo. E por causa da base no desenho, montou até um estúdio de tatuagem amador. “Nunca me separei dos trabalhos artesanais. Na decoração do estúdio tinha algumas esculturas de cimento. Eram gargulas e trabalho feito de bambu, mas minha paixão verdadeira é o artesanato”, completou.

MUITAS COISAS MUDARAM

Disse o artista que, do tempo do estúdio até os dias de atuais muitas coisas aconteceram. “Já trabalhei em alguns outros serviços paralelos aos trabalhos artesanais para complementar a renda familiar, mas nos últimos oito anos, posso dizer que vivo somente da minha arte. Hoje trabalho com minha família no atelier no mesmo lugar que comecei acompanhando meu pai nos seus trabalhos”, informou, lembrando que seu pai ainda faz seus pilões artesanais. “Eu dedico agora todo o meu tempo as novas ideias, criações, aprendizados, ensinamentos, troca de experiências e, principalmente me desafio em cada nova peça esculpida, pois o desafio me leva a superação”, contemplou, ressaltando que o contentamento de concluir e admirar uma peça finalizada é inigualável.

Declarou que ver algo que saiu de um simples pedaço de madeira e através de dedicação, paciência, tempo, paixão e muito trabalho manual se transformar em uma mensagem para os olhos e para os corações de quem os vê é muito bom. Disse o artista que hoje utiliza as redes sociais para divulgar seus trabalhos e para mostrar suas artes. “Estou sempre me mantenho atualizado, buscando novas técnicas para melhorar cada vez mais minha arte. Eu acredito que inovação traz satisfação aos clientes e faz com que pratiquem o boca a boca e assim mais pessoas enxergam com admiração essa arte que é milenar, mas que pode acompanhar estilos modernos, rústicos e outros”, finalizou.

 

Deixe um Comentário