BARRA MANSA
Em meio a tantas altas, mais uma boa noticia para os consumidores brasileiros, é que o Ministério da Economia anunciou um novo corte de 10% no imposto de importação cobrado sobre bens como feijão, carne, massas, biscoitos, arroz e materiais de construção.
Em novembro do ano passado, o governo havia feito uma redução da mesma magnitude no imposto. Segundo o Ministério da Economia, as duas reduções somadas afetam mais de 87% dos produtos sujeitos a essa tributação. Nesse conjunto de bens, de acordo com a pasta, as alíquotas foram reduzidas a zero ou sofreram um corte total de 20%.
Ao cortar o imposto, o governo tenta baratear a compra de produtos trazidos do exterior – o que pode ter impacto também nos preços da produção interna. A nova redução foi aprovada pelo Comitê-Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior com prazo até 31 de dezembro de 2023.
Impacto nos preços
De acordo com a gerente de um supermercado, Maria Reis, a medida deve causar uma redução média de 0,5 a 1 ponto percentual nos preços cobrados no Brasil. “Esse seria um impacto médio, já que individualmente, os produtos podem ter impactos maiores ou menores. Em um comparativo com as compras anteriores, já pude confirmar realmente que os preços começaram a baixar”.
A dona de casa Elizabeth Furtado, espera ansiosa pelo momento em que vai encontrar os itens mais baratos. “São itens básicos da alimentação, e não há outra forma de substituí-los”, avalia.
Cortes de imposto
Em meados de maio, o governo também reduziu o imposto de importação cobrado sobre 11 produtos – a exemplo de alimentos e do vergalhão de aço, usado na construção civil para reforçar a resistência do concreto.
Em março, o governo também havia reduzido a alíquota do Imposto de Importação de seis itens da cesta básica: café, margarina, queijo, macarrão, açúcar cristal e óleo de soja.
Na mesma ocasião, cortou em 10% a alíquota cobrada sobre máquinas e equipamentos, importados para intensificar a produção de bens no Brasil. Como uma redução da mesma magnitude já havia sido feita em 2021 na alíquota de bens de capital, o corte total nas tarifas desses produtos chegou a 20%. Em fevereiro, o governo ainda reduziu em até 25% as alíquotas do Imposto Sobre Produtos Industrializados para a maioria dos produtos e, no fim de abril, ampliou o corte para 35%.