RESENDE
O 2° Encontro Memória e Resistência, promovido pela Prefeitura de Resende, por meio da Fundação Casa de Cultura Macedo Miranda, acontece nesta terça-feira, dia 30, às 19 horas. O evento é uma retomada da ação realizada pelo Arquivo Histórico Municipal, com o objetivo de relembrar o dia 30 de abril de 1884, quando três escravizados acusados de matar o dono da fazenda em Vargem Grande foram brutalmente assassinados na cadeia pública da cidade. O encontro acontece na sede da Casa da Cultura Macedo Miranda, na Rua Luiz da Rocha Miranda, n°117, no Centro Histórico de Resende. A entrada é gratuita.
O encontro será dividido em dois momentos. Uma celebração da cultura afro-brasileira, a partir das 19 horas, com apresentações de manifestações culturais de origem ou com influência negra, como a roda de capoeira e a apresentação do Jongo Dona Aparecida. Já na segunda parte do evento acontece no saguão da Casa da Cultura Macedo Miranda, a roda de conversa “Educação e Cultura: Espaços de Resistência”, com o professor de história Marcelo Césio da Silva; a Mestra do Jongo de Pinheiral, Fatinha; e as ativistas do movimento negro de Resende, Bebiana Laura dos Santos e Sônia Freitas. O debate será coordenado pelo diretor do Arquivo Histórico, Ângelo de Paula.
Segundo o diretor do Arquivo Histórico, a ação em memória de Agostinho, Amâncio e Estevão (os escravos mortos em 1884) é uma forma de chamar atenção para o violento regime de escravidão do qual a população negra foi submetida por séculos. “Nosso objetivo com este evento, além de fazer uma homenagem à Claudionor Rosa, idealizador do encontro, também é demonstrar como essa população negra resistiu e resiste ao longo do processo de violência, caracterizado hoje pelo racismo e pela desigualdade social. O 30 de abril também celebra o Dia Mundial da Luta contra o Crime de Racismo”, explica o historiador, Ângelo.