Antonio Furtado diz que considera possibilidade de vir para disputa da prefeitura de Volta Redonda em 2020

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VOLTA REDONDA

Em 2018, Antonio Furtado foi eleito como deputado federal para seu primeiro mandato, com 104.211 votos. Ele foi o décimo mais votado do Estado do Rio de Janeiro. Com a votação expressiva, o melhor votado no Sul Fluminense para a Câmara Federal, naturalmente, a pergunta que surge é se Furtado, que é delegado da Polícia Civil, viria para a disputa do ano que vem para prefeitura de Volta Redonda. Em entrevista ao A VOZ DA CIDADE, Antonio Furtado disse que considera a possibilidade, mas ainda é cedo para qualquer definição.

Volta Redonda é a cidade que Furtado mora atualmente. Apenas na cidade do Aço, conseguiu no ano passado mais de 54 mil votos. O atual deputado contou que o questionamento sobre se será pré-candidato a prefeito em 2020 é o que mais ouve nas ruas. “Essa decisão não está fechada ainda. Tenho conversado com alguns políticos, especialmente dentro do PSL, alguns do Sul Fluminense. De fato considero essa possibilidade, mas no momento tenho me dedicado aos afazeres em Brasília”, afirmou o delegado.

Antonio Furtado disse que uma decisão como essa precisa ser analisada sob dois aspectos: as forças que virão com o apoio de seu nome e, principalmente, a vontade do povo de Volta Redonda. “Não envolve apenas meu futuro político, mas sim de toda uma cidade que tenho profundo amor. Entendo que quando essa decisão for tomada, precisará ser de maneira muito clara, vendo pesquisas e ouvindo as pessoas”, esclareceu.

Questionado sobre se teria o sonho de um dia ser prefeito de Volta Redonda, por já ter participado de duas eleições, o atual deputado federal disse que, na primeira vez viria como candidato a vereador, mas foi chamado para ser candidato a vice-prefeito de América Tereza. A chapa não foi vencedora, mas um dos motivos que o fez aceitar o convite foi a possibilidade da vitória de ambos e da criação de uma Secretaria Municipal de Segurança Pública, onde ele assumiria como secretário. “Era uma chance de voltar o trabalho de segurança em Volta Redonda. Tenho certeza que se eu aceitar esse desafio de vir como candidato, seja agora ou no futuro, farei para tomar as melhores decisões em prol do povo de Volta Redonda, a quem devo muito. Só estou  na política por conta da manifestação feita em 2015 no Fica Furtado, onde diversas pessoas pediram minha permanência na delegacia. Naquele momento, a chama em servir a política se acendeu”, lembrou Antonio Furtado.

NÃO AO EMBATE

Ao ser questionado sobre a atual administração em Volta Redonda por Samuca Silva (PSDB), pré-candidato a reeleição, o deputado Antonio Furtado disse que ressaltaria a postura do atual chefe do Executivo em aceitar propostas feitas por ele na área da segurança, sem tecer críticas. “Sei que ele, como a maioria dos prefeitos, está enfrentando desafios em administrar por falta de dinheiro. Tenho percebido nele a vontade em agir em prol da segurança, como por exemplo, quando levei a ideia da implantação de uma divisão da Delegacia de Homicídios em Volta Redonda para atender o Sul Fluminense. O projeto está com ele e a prefeitura ficou de sondar uma área para ceder. A previsão é a delegacia funcionar 24 horas por dia para resolver homicídios que ocorram na região, com mais de 100 policiais”, disse, completando que outro pleito levado por ele ao prefeito seria a implantação do Programa Segurança Presente na cidade.

O deputado já até destinou emendas impositivas ao orçamento de 2020 no valor de R$ 720 mil para a Polícia Militar, para aplicar na implantação do programa em Volta Redonda. “Seria o projeto piloto na cidade para depois expandirmos para outras da região. No projeto temos desenhos de quatro viaturas e uma sede que pode ser no bairro Retiro, com funcionamento 24 horas por dia patrulhando a cidade. A ideia é aumentar a sensação de segurança. Os policiais serão do próprio 28º BPM que trabalharão durante as folgas sob o regime do RAS”, esclareceu Furtado.

FICA NO PSL

De acordo com Antonio Furtado, mesmo com a tentativa de criação de um novo partido por parte do presidente da República Jair Bolsonaro, o Aliança Brasil, o deputado continuaria no PSL. “Considero que ainda é um mero projeto. Depende ainda de 591 mil assinaturas. Não posso sair para um partido que ainda não existe e o ponto dois é que a legislação eleitoral é muito rígida e ela impede que parlamentares saiam do partido em que estão e eu só poderia trocar em abril de 2022”, afirmou, deixando claro que o fato de não acompanhar o presidente na troca de partido não significa que ele está contra. Disse que continuará votando a favor em pautas que entende ser favoráveis para o Brasil e trabalhará pela governabilidade. “Vou seguir Bolsonaro ideologicamente, mas não em termos partidários”, concluiu.

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