Angra terá um programa de canoagem voltado para mulheres em tratamento contra o câncer

Por Carol Macedo

ANGRA DOS REIS

Será sancionada nos próximos dias pela prefeitura a lei que cria o Programa de Canoagem para Mulheres em Tratamento contra o Câncer de Mama e afins. O projeto já foi votado em duas discussões no Legislativo. De autoria do vereador Helinho do Sindicato, o Poder Público deverá fomentar a ação usando captação lei de isenção a empresas em projetos sociais. A ideia de trazer o projeto para a cidade partiu de Mariana Ornellas, atleta de canoagem e esposa do vereador.

Mariana contou que pratica canoagem há quase dois anos e em uma competição estadual, em uma etapa em Niterói, conheceu a equipe da Rosas Va’a, do Hei Hei Va’a, de Niterói, formada por mulheres e um homem que têm ou tiveram câncer. “Elas me chamaram atenção. Perguntei e a resposta que tive foi que a equipe era formada por mulheres sobreviventes do câncer”, falou, completando que há comprovação de que a prática da canoagem ajuda no pós-tratamento do câncer de mama, ajudando que a doença não volte.

Já são sete os estados que contam com equipes nesses moldes. A maior parte é voltada para as pessoas que passaram pelo câncer de mama, mas esse grupo de Niterói e o que está sendo formado em Angra abrange todos os cânceres.

Segundo Mariana Ornellas, após conhecer o trabalho da equipe de Niterói, retornou para Angra dos Reis com o sonho de fazer a mesma coisa na cidade. Iniciou então um levantamento. “Através de relatório informado pela prefeitura descobrimos que em cinco anos 500 mulheres tiveram câncer de mama na cidade. Isso apenas pelo SUS. Iniciamos então a montagem do projeto de lei, que não existe em outras cidades do país. Fizemos do zero e apresentamos na prefeitura também para ver a viabilidade. Tivemos reposta positiva”, contou, lembrando que o que funcionará em Angra será o segundo do Rio.

O grupo que está sendo montado em Angra se chama Rosas dos Reis VA’A. E as inscrições podem ser feitas pelo WhatsApp (24) 988296025.  Uma das participantes é Lígia Maria Melo da Silva que teve câncer de mama e pratica canoagem. Ela destacou que foi um divisor de águas em sua vida. “Para mim fez uma higiene mental, que tem me ajudado muito. Ficamos preocupadas se um dia o câncer vai voltar, mas depois de fazer o esporte minha cabeça não fica mais focada só nisso. Não temos mais tempo de pensar em certas coisas que não são positivas”, destacou.

OUTRAS CIDADES

Para Mariana Ornellas, a intenção é que em Angra o projeto cresça e possa atender mulheres para mudança de vida e de mente. Segundo ela, o projeto pode até ser estendido em outras cidades mesmo que não tenham praia. “A ação pode acontecer dentro de piscina, por exemplo, como em Santos, em São Paulo, onde foi inaugurada a primeira academia esportiva para mulheres com câncer de mama, com remo indoor e outdoor”, contou.

Angra dos Reis tem cerca de dez clubes de canoagem e a prefeitura faria a destinação de recursos para manter o projeto, que é gratuito. “Temos a intenção de chamar atenção para vários municípios após essa experiência das Rosinha de Niterói. Foram nosso exemplo e assim como Angra acredito que outras cidades se interessarão, dando a importância devida a prática do exercício após o câncer”, apontou Mariana.

 

 

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