VOLTA REDONDA
Nesta sexta-feira, 19, das 9 às 13 horas, na CDL, acontecerá um encontro promovido pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) para esclarecer sobre os benefícios do Fundo Soberano, criado para custear ações estruturantes para o desenvolvimento econômico e social do estado, a médio e longo prazo. Mas uma prévia do que será o debate foi dada hoje, 18, pelo presidente da Casa Legislativa, deputado André Ceciliano (PT). Ele se reuniu com o prefeito Antonio Francisco Neto e com lideranças e empresários regionais ligados às cadeias produtivas. A reunião aconteceu no gabinete do prefeito.
O encontro serviu também para conhecer os anseios da região do Médio Paraíba e onde esses recursos devem ser investidos. Dentre os temas colocados estava a conclusão do aeroporto de Resende; a revitalização da RJ-155, que liga Barra Mansa a Costa Verde; recuperação do ramal ferroviário entre Barra Mansa e Resende; melhorias de estradas vicinais para o escoamento da produção rural da região e até um programa de financiamento estadual para o ingresso ao Ensino Superior.
Segundo André Ceciliano, que criou a Emenda Constitucional que deu origem ao Fundo Soberano, um terço da economia do estado do Rio de Janeiro está baseada na indústria do petróleo (que corresponde a 85% da produção nacional), receita essa que está sujeita ao câmbio e ao preço do barril do petróleo, ditado pelo mercado internacional. Isso, somado a baixa diversificação da economia, sobretudo no que se refere ao setor industrial (forte somente no Médio Paraíba), o estado do Rio de Janeiro vem sofrendo nos últimos anos.
“O Rio tornou-se um estado completamente dependente de royalties. A exemplo do que fazem os países produtores de petróleo, o Fundo Soberano poderá financiar investimentos em infraestrutura, ciência, tecnologia, educação e social. Projetos que são âncoras de desenvolvimento, gerando emprego, renda e riqueza, pensando o Rio além do petróleo. Estamos num momento muito bom do ponto de vista da arrecadação, então é hora de planejar o estado de forma a diversificar a nossa base produtiva e a aumentar a receita com bases sólidas, que é o nosso grande problema”, apontou Ceciliano, lembrando que o ideal é que os investimentos a serem realizados com a verba do Fundo Soberano tenham a premissa de gerarem outros investimentos.
O prefeito Neto citou que graças ao presidente da Alerj e ao governador Cláudio Castro que Volta Redonda e o estado estão conseguindo se reerguer. “O André e o governador Cláudio Castro tem sido grandes parceiros. Ele é o autor de um projeto de lei que vai salvar Volta Redonda, deixando o nível do ICMS que já foi de 5,8% em 2%. Hoje é de 1,8%. Nosso município só sobreviveu em função da ajuda que estamos tendo do André e do governador, que tem feito um belíssimo trabalho”, elogiou.
FUNDO SOBERANO
O encontro sediado em Volta Redonda e que debaterá o Médio Paraíba, foi o terceiro regional já realizado pela Alerj. O primeiro foi em Itaguaí e o segundo em Campos. O chamado Fundo Soberano ajudará como se fosse uma poupança em momentos de crise. Prevê que toda a vez que houver aumento de arrecadação dos royalties de petróleo, 30% dos recursos serão depositados no fundo.