Ampla programação na comemoração dos cinco anos do Grupo Meninas de Lenço em Volta Redonda

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VOLTA REDONDA

Há cinco anos surgia em Volta Redonda o Grupo Meninas de Lenço. E para comemorar várias atividades estão programadas para este final de semana. A festa, que acontece hoje e amanhã, faz parte do Virada Cultural e contará com exposição de moda afro e dança. A programação terá inicio as 8 horas, no Memorial Getúlio Vargas, embaixo da Biblioteca Municipal de Volta Redonda, no bairro Vila Santa Cecília.

Entre as atrações haverá apresentação do Ballet dos Orixás com Inzo Unsaba Ionene, de Pinheiral, Feira das Mina Preta, com exposição do Coletivo Minas Preta. Será uma comemoração em grande estilo com solidariedade, empreendedorismo, cultura, samba de qualidade, histórias e muito, mas muito amor, além, é claro, do ‘parabéns pra você’ e um delicioso bolo.

LEMBRANÇA DE TODAS AS ATIVIDADES

Todas as atividades desde o primeiro encontro de um grupo de mulheres, motivadas a ajudar umas às outras. Mulheres fortes, com histórias diferentes, mas com o mesmo desafio, o de enfrentar o câncer de mama. Foi assim que nasceu o Projeto Meninas de Lenço, que tem como principal objetivo orientar, auxiliar e aumentar a autoestima das pacientes.

Segundo informou a coordenadora do projeto, Renata Ferreira, a ideia de criar o Meninas de Lenço, foi quando ela descobriu o seu câncer de mama. A partir daí, resolveu fazer um encontro de mulheres para arrecadar lenços e turbantes para outras pacientes. “Na época, eu era atendida pelo Grupo de Apoio a Pessoas com Câncer (Gapc) que não tinha muitos lenços para doar. Me lembro como se fosse hoje o nosso primeiro encontro, que aconteceu no dia 21 de julho de 2014, na antiga sede do Instituo Dagaz”, informou a coordenadora.

A FEIRA DAS MINA

Ainda de acordo com a coordenadora do projeto, a Feira das Mina Preta, que é um braço do Meninas de Lenço, surgiu em junho de 2015, a partir de um brechó que era realizado pelo grupo, quando boa parte do público que prestigiava o evento, optava por adquirir os produtos novos, sem uso, expostos na ocasião. “Foi aí que entendi que existia uma demanda maior e que poderíamos criar produtos segmentados, personalizados, feitos com muito carinho e por mulheres cheias de boas histórias”, frisou Renata Ferreira.

Também faz parte do projeto, de acordo com a coordenadora, incentivar as mulheres a empreender. Os dados apontam que o empreendedorismo tem despertado mais interesse nas mulheres. “A proporção de Empreendedores Novos,  os que têm um negócio com menos de 3 anos e meio, é maior entre elas 15,4% contra 12,6% de homens”, relatou Renata. A mostra conta com exposição de moda afro, acessórios, maquiagem para pele negra, artesanato e decoração, tudo com a “pegada” afro”, contou.

MAIS COMUM

Vale lembrar que o câncer de mama é o tipo de doença mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil, depois do de pele não melanoma, correspondendo a cerca de 25% dos casos novos a cada ano. No Brasil, esse percentual é de 29%. Disse a coordenadora que o principal objetivo do grupo é auxiliar as mulheres a enfrentar a doença de cabeça erguida. “Nesses cinco anos, muitas mulheres já foram impactadas com o grupo, através das rodas de conversas, palestras, oficinas profissionalizantes e uma conversa mais profunda, em especial, com as mulheres negras, tratando de assuntos históricos e sobre a ancestralidade”, concluiu.

 

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