Amigos e familiares realizam manifesto pedindo justiça ao jovem morto por atropelamento

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BARRA MANSA

Neste sábado, dia 11, amigos e familiares de Claudio Eduardo de Almeida Lima, de 22 anos, que morreu no último dia 4, após ficar 34 dias internado vítima de atropelamento, realizaram um ato pedindo justiça. Aproximadamente 100 pessoas se reuniram às 15 horas na Praça da Matriz e caminharam até a 90 Delegacia de Polícia (DP), onde protestaram contra a impunidade do caso. Os familiares afirmam que apesar das evidências, o suspeito de ter atropelado o jovem não foi detido.

Segundo um dos amigos de Claudio, Gustavo Nogueira Campos, de 25 anos, ao chegarem na delegacia, a família não foi atendida. “Disseram que o delegado não se encontrava e que era para voltarmos na segunda-feira”, contou, ratificando que até o momento ninguém sabe o que de fato aconteceu. “Sabemos que o Claudio se envolveu em um desentendimento e que ele pegou a moto para ir embora, mas em seguida foi atropelado e o suspeito passou em cima dele três vezes”, afirmou.

Gustavo ainda ratificou que tudo o que a família quer é respostas e que a justiça seja feita. “Isso foi uma covardia e esse caso não pode ficar impune”, exclamou, concluindo que inicialmente o ato seria fechado. “Mas nós decidimos divulgar na internet para que as pessoas que quisessem apoiar a causa pudessem participar”, disse.

Quem era Claudio

A mãe da vítima, Claudia Cássia Costa de Almeida Lima, 43 anos, moradora na Vila Orlandélia, contou ao A VOZ DA CIDADE que Claudio era pai de três filhos, um de três anos, outro de um, e o terceiro de quatro meses. Ela ainda relata que seu filho era estudante de direito e estava no penúltimo ano. “Ele era um rapaz bom, era bonito e todos gostavam dele”, lamentou, acrescentando que o suspeito era amigo de seu filho há muitos anos. “Eu conhecia a família desse rapaz, os dois tinham uma boa amizade, tanto que meu filho tinha uma postagem no Facebook com ele e na legenda dizia que “para ser irmão não precisava ter o mesmo sangue”, relatou.

A mãe ainda falou que a família se sente refém. “A polícia não fez nada, não nos passaram nada e não deram nenhuma satisfação. Tudo o que sabemos são boatos. E hoje fomos na porta da delegacia e ainda me falaram para voltar na segunda-feira com o maior desdém”, lamentou, acrescentando que existiam testemunhas no local e todos sabem quem é. “O suspeito está livre, sabem o que aconteceu e não fazem nada”, afirmou.

Claudio Eduardo de Almeida Lima, de 22 anos – Foto Divulgação

Sobre o caso

No dia 30 de dezembro Claudio estava bebendo com os amigos, quando ocorreu um desentendimento com um dos colegas. Após confusão, segundo contou Gustavo, o jovem teria pego sua moto e estava indo embora quando o colega o derrubou e passou em cima dele três vezes, fugindo do local em seguida. O caso aconteceu no bairro Vila Orlandélia. Claudio chegou a ser socorrido para a Santa Casa de Misericórdia em Barra Mansa, onde permaneceu internado até seu falecimento no dia 4 de janeiro.

Gustavo ainda conta que ficou sabendo que Claudio teria tentado apartar uma briga. “Esse colega dele estava brigando com uma menina e ele tentou apaziguar a situação, após isso ele decidiu ir embora. E foi aí que tudo aconteceu”, concluiu.

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