RESENDE
A Academia Militar das Agulhas Negras (Aman) inaugurou na sexta-feira, dia 29, a sua nova Estação de Tratamento de Água (ETA). Estiveram presentes no evento, o subcomandante da Aman, coronel Luciano Antonio Sibinel; o chefe do Corpo Administrativo, coronel Alexandre dos Santos Gallera, e militares da Prefeitura Militar Acadêmica, Diretoria de Obras Militares, Diretoria de Projetos de Engenharia, além do 1º, 2º, 3º, 4º e 5º Grupamentos de Engenharia, que estão na Academia para cuidarem do Projeto de Revitalização da Infraestrutura dos espaços da instituição.
O contrato da nova ETA, iniciado em dezembro de 2019, foi resultado de um levantamento feito pelo Departamento de Engenharia e Construção por intermédio da Diretoria de Projetos de Engenharia, que iniciou os estudos e executou o desenho da nova estação. A velha estrutura existente na ETA, em operação há 70 anos, dará lugar à modernização encontrada na recém-inaugurada estação que tem capacidade para tratar 50 mil litros de água por segundo. A nova ETA irá repetir a longa história da antiga estação, que continuará em funcionamento até ser desativada, revitalizada e ativada novamente.
A inauguração ocorreu na sexta-feira reunindo os envolvidos no projeto de abastecimento da Aman – Divulgação
Segundo os organizadores do projeto, o objetivo é que a moderna ETA da Aman funcione pelos próximos 40 ou 50 anos, sempre por uma ótica atual. O coronel Eduardo Santos Barroso, chefe do Campo de Instrução e gestor de obras na Aman, afirma que a ETA representa um grande ganho sustentável para o Exército Brasileiro, pois fortalece as várias práticas ambientais realizadas em inúmeras Organizações Militares espalhadas pelo Brasil. “Trata-se de um ambicioso e sensato passo nos objetivos do EB, que visa a construção de valores relevantes, dentre eles, a sustentabilidade ambiental. Cuidar da água é responsabilidade de todo o cidadão. Nossa conduta também serve de exemplo para os nossos cadetes, futuros oficiais”, revela coronel Barroso.
Os militares incumbidos da parte operacional da nova ETA passaram por duas semanas de treinamento, iniciado em 18 de janeiro e finalizado na data de inauguração da ETA. Um técnico da empresa Lindner, responsável pela fabricação dos novos equipamentos, conduziu a capacitação, a qual também participaram profissionais da Concessionária Água das Agulhas Negras, que auxiliou na análise química da água. “Estamos mudando os elementos químicos que fazem o tratamento da água, além da forma de utilização desses produtos neste recurso natural ofertado a toda Academia Militar. A ETA antiga era artesanal, agora os insumos serão colocados por meio mecânico. Com isso, também, aumentam a nossa responsabilidade e a qualidade do serviço prestado”, afirma coronel Barroso.
A nova ETA tem capacidade para tratar 50 mil litros de água por segundo, de acordo com a Aman – Divulgação
CICLO
A água que vem das Represas da Cavalaria e da Barragem (esta última passando por recuperação) chega para tratamento pelo reservatório da antiga ETA. É necessário que se façam correções físico-químicas e bacteriológicas, que incluem etapas de decantação da sujeira, filtragem e adição de cloro e flúor. Por isso, passa pelos diversos tanques compactados em 30 metros de estação linear até desembocar num compartimento, que é sua etapa final, quando estará pronta para o consumo humano.
Além da inauguração da nova ETA os investimentos na área de tratamento de água também englobam outros pontos da Academia: visam a melhoria já na captação da água na represa; a entrega de uma nova rede para os bairros Guararapes e Monte Castelo e, num futuro próximo, para a região do Independência; Militares da Diretoria de Projetos de Engenharia também já atuam num projeto para que a nova ETA possa funcionar 100% por gravidade, ou seja, permitindo à Aman garantir que não sejam registradas interrupções no fornecimento da água. “Durante todo o processo de tratamento, haverá formas de controle mais bem definidas para que, ao final, saibamos com exatidão a qualidade da água que está sendo levada aos integrantes desta nossa cidade”, afirma a dupla de militares especialistas na nova ETA, os 3º sargentos Gabriela Castilho e Pedro Henrique Gomes, ambos da Prefeitura Militar Acadêmica da Aman e que também irão dar comandos em painéis modernos. A um toque, definirão a medida correta para tratar a água fornecida para a Aman.
A Aman capacitou os militares responsáveis ela operacionalização da ETA – Divulgação
O trabalho da ETA é complementado pela atuação efetiva de militares do Hospital Veterinário que analisam cada ponto de água que chega à Academia, para verificar os níveis de pureza, entre outros fatores.
A data de inauguração da nova ETA foi escolhida por conta do início do funcionamento da prensa desaguadora de lodos, resultantes do tratamento da água. “O objetivo é, num futuro próximo, usar esse material para a recuperação de áreas degradadas dentro da Academia, ao invés de transportá-lo para um aterro sanitário e gerar um impacto desnecessário”, informa a Aman.
