BARRA MANSA
Alunos do 9º ano do Colégio Nossa Senhora do Amparo realizaram nesta segunda, dia 21, um júri simulado na sala criminal do Fórum. Eles debateram sobre o conto ‘O Barril de Amontillado’ de Edgar Allan Poe.
O evento teve a participação do juiz da vara criminal, Raphael Barilli e do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-BM), Aloísio Peres.
De acordo com a professora de português, Sandra Vieira, o julgamento é real. “A defesa não sabe, o que a acusação vai falar e vice-versa. O júri é composto por pessoas neutras. Os alunos foram divididos em grupos e todos têm papel fundamental. A atividade ajuda na construção textual na preparação para o Enem, os alunos desenvolvem capacidade de leitura e escrita, interpretação, além de aprenderem a discursar e também seve de orientação profissional, através de pesquisas forenses”, cita.
A diretora da instituição, Irmã Cleidimaria Pinheiro, aponta que este projeto é de fundamental importância pois ajuda os alunos a desenvolverem argumentação e ajuda também no incentivo a pesquisa. “É um verdadeiro confronto de ideias. É uma aula também que serva para aprender sobre responsabilidade e respeito a diferenças. Como um defende e o outro acusa, o aprendizado é também uma forma de lidar com as diferentes formas de pensamento, se comportar diante do confronto e na defesa de sua pesquisa. É uma ação diferente de uma prova, é um projeto que proporciona aos nossos alunos a fazer da experiência da ação ao ato concreto da vida”, analisa.
A professora Sandra Vieira realiza há oito anos esse projeto envolvendo alunos de escolas públicas. Esse ano que não foi possível, mas já contou que em 2023 o retorno do projeto acontecerá.
CULPADO OU INOCENTE?
O Barril de Amontillado é um conto passado numa cidade não especificada, em Itália, e conta-nos a história de um homem, o narrador, que pensa ter sido insultado por um amigo e pretende vingar-se mortalmente. A vingança é preparada e a vítima, Fortunato, é atraída a uma cave onde supostamente existe um barril de amontillado proveniente de uma colheita especial e rara.
Após aproximadamente duas horas o réu foi absolvido dos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver.