Alunos da Firjan Senai apresentam propostas para a coleta de esgoto

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RESENDE

Com o desafio de ligar as residências que estão situadas abaixo dos níveis das ruas às redes de esgoto, os alunos da Firjan Senai participaram no último fim de semana da ‘Grand Prix Firjan Senai Resende de ideias’. Uma maratona de inovação que fez com que três equipes multidisciplinares compostas por estudantes da instituição propusessem soluções para tal desafio.

A atividade foi uma parceria com a concessionária de água e esgoto do município. Atualmente, cerca de 30% dos imóveis no município estão nesta situação, ou seja, não estão conectados aos coletores de esgoto por estarem abaixo do nível da rede, condição chamada tecnicamente de ‘Soleira negativa. O descarte acaba muitas vezes por ser feito em corpos d’água locais.

O projeto vencedor apresentou o sistema batizado de ‘Yellow Power’ (poder amarelo na tradução literal do inglês), que é formado por um parafuso capaz de elevar, ao girar em torno do seu eixo, o esgoto a fim de que este alcance a rede coletora, ferramenta chamada de Parafuso de Arquimedes. A energia necessária para movê-lo virá de um cata-vento instalado na residência, que caberá transformar a energia eólica em mecânica. A iniciativa foi escolhida porque atende, principalmente, as condições de custo e manutenção, ficando acessíveis aos moradores.

As equipes ficaram confinadas na escola durante três dias em busca da solução para este desafio que toca diretamente na questão do saneamento básico. Este esquema chama-se ‘demoday’, muito utilizado na concepção de startups. Durante o Grand Prix, o público também pôde participar assistindo a duas palestras gratuitas sobre indústria 4.0.

De acordo com a coordenadora da Firjan Senai em Resende, Patrícia Paes, o Grand Prix foi muito produtivo, resultando em construção de conhecimento. “Nossos alunos puderam mostrar suas competências para atender a um problema da comunidade, que a empresa prestadora de serviços de água e esgoto buscava. A solução dos nossos estudantes foi equilibrada dentro das questões de sustentabilidade, custo e acessibilidade, se apresentando como viável para o morador instalar e fazer a manutenção. Agora esperamos que ela venha a ser implantada no município”, observa.

 

 

 

 

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