Abrigo temporário para população em situação de rua é estudado para Barra Mansa

Por Carol Macedo

BARRA MANSA

A queda brusca de temperatura, atingindo a marca de 7º C, levanta a preocupação com a população em situação de rua em Barra Mansa. A prefeitura, através da Secretaria de Saúde, informou que não houve caso registrado de hipotermia ou mal súbito causado pelo frio que atingiu o município nos últimos dias, mas apesar disso, a Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos está providenciando, de forma urgente, um abrigo temporário para atender esse público.

Na segunda e terça-feira, dias 8 e 9, a secretária de Assistência Social e Direitos Humanos, Ruth Coutinho, se reuniu com  representantes de diversas entidades, como o Grupo Acolher, Lar de Jesus e a Guarda Municipal, para decidir em conjunto as ações que devem ser implementadas a fim de proteger essas pessoas do frio intenso dos últimos dias. Segundo ela, o maior problema está relacionado à noite, período em que esses cidadãos não têm onde buscar apoio. “Daí, a necessidade urgente do abrigo temporário”, ressaltou.

Uma triagem com as pessoas em situação de rua será realizada visando identificar aqueles que desejam retornar para suas casas. A intenção da secretaria é providenciar esse encaminhamento, bem como a reintegração do cidadão ao convívio familiar, por meio dos profissionais que fazem parte da rede integrada de serviços públicos em Assistência Social.

A próxima etapa será definir o local do abrigo temporário, que funcionará das 18 horas até às 8 horas do dia seguinte, e equipá-lo com colchonetes e roupas de cama. Agentes da Guarda Municipal serão mobilizados para atuar na manutenção da segurança e da ordem no abrigo. “Vamos discutir também com as entidades que distribuem sopão no Centro da cidade, a possibilidade de servirem essa alimentação no abrigo temporário”, concluiu Ruthinha.

SOS MANTÉM ALERTA SOBRE COMO AJUDAR

O A VOZ DA CIDADE conversou com o presidente dos Serviços de Obras Sociais (SOS), Jair Fusco, que destacou sobre a alta procura da população de rua por abrigos nessa época do ano. O SOS assiste pessoas em vulnerabilidade e mais uma vez um alerta foi feito às pessoas que querem ajudar os moradores de rua: o ato de dar esmola incentiva o pedinte a permanecer nas ruas, estimulando o vício. “Às vezes você dá um cobertor e a pessoa perde ou joga fora, e se acomoda a viver assim. O ideal a se fazer é entrar em contato com os órgãos que darão a assistência necessária”, disse,

Segundo explicou Jair, os assistidos pela instituição devem seguir as normas da casa, para manter a ordem. “Pessoas em situação de rua que esteja precisando de um auxílio momentâneo, nós acolhemos, mas são por alguns dias. Porque aqui é um local onde temos regras e acolhemos quem está de acordo com elas, e algumas pessoas não permanecem por isso”, disse.

O SOS é uma instituição que ajuda as pessoas a recomeçarem a vida, não tem vínculos religiosos, nem político, se mantendo através de doações e apoiadores. Está localizado na Rua Major Luiz Alves, no bairro Boa Sorte (próximo a Apae). O local disponibiliza moradia e alimentação, abrigando atualmente 12 pessoas. Ainda de acordo com Fusco, para ser atendido pela instituição, a pessoa deve ser encaminhada pelo Centro Especializado de Atendimento a População em situação de Rua (Centro Pop). “Outro local que faz a assistência a essas pessoas é o Lar de Jesus, que é onde elas podem ir passar a noite”, informou.

 

 

 

 

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