A candidata a deputada federal é filiada do PT e está em sua segunda eleição
RESENDE
Em sua segunda eleição, Gabriela Lima (PT) vem neste ano para disputa do cargo de deputada federal. Em 2020 ela foi candidata a prefeita de Resende, ficando em quarta colocação com cerca de 1,7 mil votos. Gabriela foi mais uma entrevistada do A VOZ DA CIDADE na série de entrevistas com candidatos nestas eleições. Ela afirmou que vem para a disputa da Câmara Federal para fazer transformações estruturais, protegendo mulheres, crianças e os trabalhadores. “Fazer políticas públicas eficientes emancipatórias porque só assim vamos conseguir ficar em pé de igualdade com os homens, termos melhor qualidade de vida”, apontou.
Segundo a candidata que é estudante de Serviço Social e maquiadora de efeitos especiais de cinema e televisão, passou os últimos cinco anos se dedicando a política, através de movimentos feministas e sociais da região. Seu primeiro partido foi o PT, filiou em 2018. Conta que sempre militou de forma independente pelas causas que considera importante, mas ao participar de movimentos foi convidada e aceitou o desafio.
Natural do Rio de Janeiro, mora em Resende há sete anos. Seus pais moram em Itatiaia desde 2003. Gabriela foi vítima de violência doméstica e por isso veio para Resende. “Foi uma luta de mais de dez anos na Justiça, com perseguição, após minha denúncia. Por isso vim para Resende, por isso comecei a militar. Entendi que não era um problema só meu, muitas passam por isso. E também por conta das sequelas emocionais, buscamos acolhimento e é uma forma de nos reconstruirmos também. É por isso que estou na política, para fazer transformações estruturais”, apontou, lembrando também que deseja combater a desqualificação de mulheres na profissão, crianças que sofrem pelo machismo, racismo e desigualdades sociais, além da classe trabalhista.
Sobre os trabalhadores, a candidata pretende batalhar por melhores condições de trabalho, como a revogação da Reforma Trabalhista, melhorando pontos que foram alterados com o mundo do trabalho atual. “Temos que criar uma frente parlamentar junto com outros deputados para pressionar o governo a revogar a reforma, assim como a da Previdência, e também fazer uma Reforma Política não apenas sobre o sistema eleitoral, mas a questão de mandatos, que têm possibilidades de reeleições sem limite. Vou também batalhar para revogação da Lei de Teto de Gastos. Essa lei visou o congelamento de investimentos na saúde, educação e seria uma forma para economizar, mas não foi isso que aconteceu, pelo contrário”, afirmou Gabriela.
Outra luta também da candidata será por elaborar projetos de lei para creches em tempo integral, assim como escolas, e a defesa dos animais. “Quero ser eleita porque precisamos de uma base para a governabilidade do presidente Lula com sua eleição. Precisamos combater retrocessos. E pela região não existe nenhuma pessoa eleita que representa o Sul Fluminense do campo progressista em Brasília. Além de todas as propostas que pretendo apresentar, um deputado federal tem à sua disposição cerca de R$ 16 milhões anuais no Orçamento para destinar aos municípios e será para a região”, aponta.
NAS REDES SOCIAIS
A campanha para deputada federal está sendo vista pela candidata como diferente, com relação a de prefeita. O número de concorrentes é maior e tem a questão da verba, que não dispõe como muitos candidatos. “A campanha de prefeita me surpreendeu pela aceitação que teve. Acredito que mudou um pouco o paradigma de uma campanha na medida que não ataquei ninguém, não entrei em campo pessoal. As pessoas lembram das propostas, mas o ruim é a lógica do sistema eleitoral porque é capitalista, onde impera o poder econômico. Vitoriosa é a que tem dinheiro”, lembra, frisando que nessa campanha está focando nas redes sociais e também fazendo um trabalho em Resende e cidades da região.
“Sou uma mulher, mãe, que genuinamente deseja fazer uma transformação social, pois quero o bem das pessoas. Lutar pelos mais vulneráveis”, finaliza.