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‘A renovação política não é mudar somente as pessoas, mas a mentalidade’, diz Sílvia Bernardelli

Por Andre
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PORTO REAL

“Entendo que Porto Real pode realmente crescer e quero ter a chance de fazer isso”. Essa afirmação é de Sílvia Bernardelli, pré-candidata a prefeita pelo partido Cidadania, Silva se coloca pela terceira vez na disputa do pleito por entender que as mesmas dificuldades da população, vistas por ela das outras vezes, ainda persistem e as necessidades das pessoas precisam ser reconhecido. A pré-candidata acredita que os eleitores buscarão um novo caminho. “A renovação política não é mudar somente as pessoas, mas a mentalidade”, destacou.

Bernardelli é um nome tradicional em Porto Real. Sílvia é filha de Sérgio Bernarelli, que foi prefeito por dois mandatos. E ao falar em renovação, consequentemente esbarra na pergunta que a família na cidade não é novidade, mas afirma: é uma pessoa independente com outras ideias. Aos quase 50 anos, é médica obstetra, concursada desde 2002 na Prefeitura de Porto Real, tem uma empresa. “O sobrenome é inevitável. Ele até pode estar associado ao meu pai na minha primeira eleição em 2012, mas de lá para cá as coisas mudaram, cresci, estudei, criei um grupo novo, tenho ideias diferentes. Ele viveu uma política que não existe mais e a própria cidade não é mais a mesma. Porto Real precisa e merece uma ideia diferente da política e quero me apresentar capaz de ser essa pessoa. Quando falo de renovação não falo de sobrenome, mas de uma mentalidade, de pessoa que tem ideias novas e próprias”, afirmou Sílvia.

Em 2021, a pré-candidata afirma que o cenário será muito difícil, por conta também dessa crise da pandemia da Covid-19 que se instalou. Diz que pelas pessoas que sempre acreditaram nela não pensa em desistir. “Gosto de desafios. E podemos fazer muito por Porto Real”, completou. E sua pré-candidatura não foi decidida no fim do pleito de 2016. Sílvia contou que decidiu esperar e estudar o contexto político, que mudou muito do que era no passado. Ela se refere a morte de Jorge Serfiotis e com o vice, Ailton Marques, assumindo. “Hoje tem um prefeito que não é de uma ou outra família. A população está provando isso. Quis esperar esse momento e entender como a política iria ficar, saber se as pessoas estavam felizes e não estão. Há insatisfação”, argumentou.

Segundo ela, com o orçamento vultuoso de Porto Real, a população cresceu muito pouco. Cita que apesar do polo industrial, que é pouco aproveitado pelos munícipes, o desemprego impera no município. Sílvia diz ser necessário mudanças dentro da gestão pública para avançar. E isso passa pelo enxugamento da máquina pública e não inflando como, de acordo com ela, é visto atualmente, com novas secretarias e cargos comissionados.

A valorização do servidor, já que ela mesma é uma, é um ponto importante. Segundo a pré-candidata, ao longo dos anos estão acontecendo perdas de direitos que estavam consolidados no estatuto. A última foi o fim da gratuidade do plano de saúde oferecido aos servidores e que oferecia um desconto aos dependentes. Agora, quem decidiu continuar precisa pagar. “Hoje o funcionalismo é muito insatisfeito e isso reflete muito no atendimento às pessoas, o que é ruim porque eles que mantém a engrenagem funcionando. Falamos também de déficit salarial”, disse, apontando que os terceirizados são incluídos por ela no quadro de funcionários até porque são funções que não constam mais no quadro da prefeitura e precisam ser preenchidas com a terceirização. “O que questiono sempre é essa falta de valorização também aos terceirizados”, afirmou a pré-candidata.


DESENVOLVIMENTO, SAÚDE E EDUCAÇÃO

Como já mencionou, há uma inércia dos governos em não aproveitar a mão de obra existente em Porto Real para o polo industrial. “Falta capacitação das pessoas por terem dificuldade em buscar isso fora da cidade e também uma enorme falta de vontade política”, analisou.

Na saúde, afirma que a estrutura do hospital é muito interessante e atende a população, porém falta gerenciamento. Organização desse sistema hospitalar. Mas, acima de tudo, acredita que organizar melhor os postos de saúde e as especialidades é investir em prevenção, promoção da saúde. Isso, de acordo com ela, é essencial.

Na educação, Sílvia afirma que Porto Real necessita de uma restruturação nos anos iniciais e criar o contraturno, fazendo com que a escola absorva por mais tempo o estudante, com esporte, música e projetos sociais. A parte técnica inserida na escola é outro ponto que considera essencial e relevante para o jovem conseguir o primeiro emprego.

TRANSPORTE

Outra grande necessidade de Porto Real que entra ano e sai ano persiste é a falta de transporte municipal. Até existia um ônibus que fazia o transporte gratuito, mas não  nos moldes que a pré-candidata acredita que não prejudicaria a cidade. “Há a possibilidade de levar o transporte de forma gratuita. O que sempre defendemos é que poderia ser montada uma companhia municipal, com aquisição de ônibus e depois ficando a manutenção. Sem necessidade de gastar em um grande contrato para isso. Atualmente a cidade só tem um circular que é intermunicipal e não atende todo o município”, lembrou.

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