A Invisibilidade das pessoas com superdotação

Por Carol Macedo

No último dia 10 de agosto foi o dia destinado a falar sobre a superdotação.

Vivemos em um mundo que preza cada vez mais pela inclusão e pela valorização das diferenças. No entanto, há um grupo cuja grande capacidade frequentemente passa despercebida: as pessoas superdotadas. De acordo com a Teoria dos Três Anéis, desenvolvida pelo educador Joseph Renzulli, a superdotação não se resume apenas a uma habilidade intelectual excepcional, mas é o resultado da interação entre três elementos fundamentais: habilidades acima da média, criatividade e comprometimento com tarefas.

Características e Desafios dos Superdotados

Crianças e adolescentes com superdotação se destacam pela curiosidade intensa e pela capacidade de aprender rapidamente. Eles se dedicam com paixão a temas que os fascinam, explorando-os profundamente.

Além disso, essas pessoas tendem a ter uma sensibilidade emocional mais aguda. Essa característica pode ajudá-los a desenvolver empatia, mas também pode torná-los mais suscetíveis a desafios emocionais como ansiedade e depressão.

A diferença entre a habilidade intelectual e a capacidade emocional pode criar uma sensação de desconexão e dificuldade em encontrar um propósito. Além disso, o rótulo de “superdotado” pode gerar pressões e expectativas irreais, levando a sentimentos de inadequação quando essas expectativas não são cumpridas.

Como Identificar e Apoiar

Identificar a superdotação exige mais do que um simples teste de QI. É essencial considerar uma avaliação ampla que leve em conta a criatividade, habilidades especiais e o comprometimento. O diagnóstico deve envolver observações de pais, professores e especialistas.

Após o diagnóstico, um plano de desenvolvimento pode ser criado para apoiar o ritmo e as características da pessoa superdotada. Isso pode incluir programas educacionais especializados que ofereçam desafios adequados e promovam o desenvolvimento emocional e social. Criar um ambiente que valorize a experimentação e aceite falhas como parte do processo de aprendizado é crucial. Ter uma rede de apoio com outros superdotados, mentores e profissionais pode proporcionar o suporte emocional necessário.

 

Marcele Campos – Psicóloga Especialista em Neuropsicologia (Avaliação e Reabilitação) e Análise do Comportamento Aplicada ao Autismo, Atrasos de Desenvolvimento Intelectual e Linguagem. Trabalha há mais de 28 anos com crianças e adolescentes. Proprietária da Clínica Neurodesenvolver –

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