O vôlei, que começou de forma tímida em colégios e clubes, conquistou espaço e hoje é símbolo de protagonismo brasileiro no cenário dos esportes, tanto no masculino como no feminino.
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Vamos relembrar a história do vôlei e entender como o Brasil se tornou uma das maiores potências na modalidade.
Criação do vôlei e a chegada ao Brasil
O vôlei foi criado em 1895 por William G. Morgan, então diretor de Educação Física da YMCA de Holyoke, Massachusetts (EUA). A sua ideia era desenvolver uma modalidade de menor contato físico do que o basquete, recém-criado por James Naismith.
Dessa forma, ergueu uma rede a quase 2 metros do chão e o objetivo era rebater a bola sem deixar tocar no chão. Inicialmente, o nome escolhido foi de mintonette, mas, de forma rápida, evoluiu em regras e ganhou identidade própria.
Graças à forte rede de instituições educacionais e esportivas da YMCA, o vôlei se espalhou para países da América, Europa e Ásia ainda no início do século XX.
Um dos principais pontos que auxiliaram na popularização foi a simplicidade dos materiais necessários e o fato de se poder jogar em ambientes fechados ou ao ar livre, o que acelerou sua disseminação mundial.
No Brasil, o vôlei chegou em 1915, também pela YMCA, em São Paulo. Porém, no primeiro momento era restrito a clubes, escolas e centros esportivos ligados à colônia norte-americana, mas gradualmente ganhou espaço em instituições educacionais e também nas recreações.
Em 1954 foi criada a Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), que passou a trabalhar no calendário oficial, com campeonatos nacionais e também a seleção visando jogos internacionais.
Uma década depois, o vôlei estreou como modalidade olímpica nos Jogos de Tóquio, em 1964. Portanto, o seu crescimento ficou cada vez mais evidente, atraindo praticantes em todo o mundo até hoje.
Brasil se tornou uma potência
O vôlei se tornou parte da identidade brasileira, e isso se estende tanto no masculino como no feminino. São diversos ícones nos dois gêneros, atravessando gerações. Entre tantos treinadores, José Roberto Guimarães e Bernardinho se destacam pela longevidade, liderança e conquistas.
No caso de Zé Roberto, ele treinou a seleção masculina entre 1991 e 1996, faturando o ouro em Barcelona. Em 2003, ele assumiu o time feminino, onde já levou dois ouros.
Já Bernardinho treinou as mulheres de 1994 até 2000, vencendo vários Grand Prix e ficando com dois bronzes. Ele assumiu a masculina em 2001, ficando até 2016. Após alguns anos, voltou ao cargo em 2023, onde segue até hoje, acumulando dois ouros olímpicos, três títulos mundiais, entre outros.
Nos títulos em geral, as mulheres contam diversas conquistas. Entre elas, são dois ouros em Jogos Olímpicos e 12 Grand Prix. Com tamanha história, são várias jogadoras de destaque, como Fofão, Sheilla Castro, Jaqueline Carvalho, Fabiana, Ana Moser, Thaisa, Mari, entre outras.
No masculino, as conquistas seguem elevadas, vencendo 33 de 35 edições do Sul-Americano. Além disso, são três ouros e três pratas em olimpíadas; três ouros e três bronzes no Campeonato Mundial, entre outras conquistas de peso. Entre os atletas, são várias lendas, como Giba, Serginho, Renan Dal Zotto, Maurício Lima e Bruninho.
