BARRA MANSA
A ponte da Avenida Argemiro de Paula Coutinho, que dá acesso ao Fórum de Barra Mansa, passará ser mão única a partir desta quinta-feira, dia 7. A decisão da prefeitura visa diminuir os transtornos gerados pelo engarrafamento, uma vez que a ponte está parcialmente interditada, por causa de problemas na estrutura. Em horários de pico, avenida fica engarrafada, pois além do Fórum, existe um colégio no local, o que aumenta o tráfego de veículos. A mudança foi criticada por condutores que frequentam o local, pois a única saída será pela passagem de nível, em frente a Saint-Gobain. Apenas as vans poderão retornar pela ponte, com o auxílio da Guarda Municipal, já que conforme lei existente, é proibido um transporte escolar passar pela linha férrea. O questionamento dos condutores é o que será feito quando o trem estiver parado.
O pai de uma aluna do colégio, Daniel Nunes dos Santos, morador do Ano Bom, afirmou que o trem costuma ficar parado no local por mais de 20 minutos em muitos dias da semana. “E se isso acontecer, me pergunto por onde os veículos irão sair e a mão única vai ficar engarrafada”, questionou. Ele ainda falou sobre outra preocupação, que são os carros de presos que vão para julgamento no fórum, que com a mão única ficarão parados em engarrafamento, o que pode facilitar uma fuga. “Espero que a Guarda Municipal fique todos os dias organizando o trânsito, porque não é isso que acontece”, completou o pai.
Já Cristiane de Carvalho de Oliveira, mãe de outro aluno, também residente do Ano Bom, contou que há sete anos passa pela ponte para levar seu filho à escola. “Desde o ano passado já havia um congestionamento e esse ano piorou demais. Tornar essa via de mão única irá dar mais transtornos”, disse, contando que para buscar o filho, que estuda no período da manhã é uma missão. “Saio de casa 12h30min para conseguir pegar ele 13h10min, senão, não encontro uma vaga. Geralmente eu paro o carro longe, antes de chegar na ponte e subo andando”, relatou.
De acordo com o secretário de Ordem Pública, Luiz Furlani, algo precisa ser feito para tentar melhorar a situação. “O que não dá é para deixar como está, porque não está adiantando dessa forma e isso está gerando inúmeros problemas”, afirmou, explicando que a mudança é experimental e se não der certo, poderá ser revogada. “É provisório, vamos observar se vai dar certo, se isso trouxer mais problemas, a gente volta ser o que era antes”, ratificou.
Manutenção da ponte
Questionada, a Prefeitura de Barra Mansa, através da Secretaria Municipal de Manutenção Urbana, informou que há um laudo pericial da ponte, que é chamado de projeto básico. “A topografia já está em processo de criação para, posteriormente, ser realizado o projeto executivo”, informou, completando que é necessário aguardar a finalização desse projeto, para que seja aberta uma licitação de início das obras, mas não deu uma previsão de quando isso pode acontecer.
Visita da Emop
Em setembro o município recebeu uma visita do presidente da Empresa de Obras Públicas do Governo do Estado do Rio de Janeiro (Emop), Marco de Oliveira Vargas Francisco. Acompanhado do secretário de Planejamento Urbano, Eros dos Santos, e o ex-secretário de Manutenção Urbana, Marcus Vinícius Barros, eles fizeram uma visita na ponte. Na ocasião, os secretários informaram que para auxiliar na solução do problema, a prefeitura teria contratado a empresa especializada.
No laudo da ponte, teria sido foi apontada a necessidade de reforço na fundação e estacas. A informação divulgada é que, teria sido feito um contato com o governo do estado, buscando estudos mais aprofundados sobre as condições de conservação da ponte, em função do maquinário, equipamento e especialidades dos serviços prestados pela Emop.