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Cidades do Sul Fluminense apresentam gestão fiscal difícil em pesquisa do IFGF

Por Carol Macedo
a voz da cidade
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SUL FLUMINENSE

Um índice do Firjan de Gestão Fiscal (IFGF), elaborado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), mostra que mais de 50% dos municípios da Região Sul e Centro-Sul Fluminense tiveram uma gestão fiscal difícil. Segundo o estudo, com base em dados fiscais oficiais de 2018, um terço destas prefeituras apresentou boa gestão fiscal, entretanto, nenhuma administrou seus recursos com excelência. Apenas Paraty, que é a quarta mais bem colocada em todo o estado, não foi classificada como nível crítico de investimentos. Volta Redonda ficou nas últimas posições nessas regiões. No ranking das capitais brasileiras, o Rio de Janeiro ficou em penúltimo lugar.

No estado do Rio de Janeiro, das 92 cidades foram analisadas 79, onde vivem 15,7 milhões de pessoas. O índice varia de zero a um ponto, sendo que quanto mais próximo de um melhor a situação fiscal do município. O IFGF é um estudo nacional e avaliou as contas de 5.337 municípios, que declararam as contas até a data limite prevista em lei e estavam com os dados consistentes. Com o objetivo de apresentar os principais desafios para a gestão municipal, são abordados os indicadores de Autonomia, Gastos com Pessoal, Liquidez e Investimentos. O novo indicador de Autonomia verifica a relação entre as receitas oriundas da atividade econômica do município e os custos para manutenção da estrutura administrativa.

Em 2018, na média, o IFGF dos municípios das regiões Sul e Centro-Sul Fluminense foi de 0,5373 ponto, desempenho superior ao estado (0,4969). Esse resultado é direcionado pela maior autonomia, em um contexto nacional de alta dependência de transferências redistributivas. O IFGF Autonomia de ambas foi 11,7% superior à média estadual e um terço dos municípios tiveram nota máxima no indicador. Essas cidades apresentaram um menor comprometimento do orçamento com folha de salários e um melhor planejamento financeiro comparado ao contexto estadual.


Cidades do Sul Fluminense

Volta Redonda ficou entre as últimas posições no ranking do Sul e Centro-Sul Fluminense, em 21º lugar de 24 (0,4260), com gestão com dificuldade. O resultado do alto comprometimento do orçamento com gastos de pessoal foi de 0,1534. E com baixo percentual de investimentos (0,1027) e das dificuldades de planejamento financeiro (0,4477). Já no indicador de Autonomia, alcançou a nota máxima (1,000).

Barra Mansa apresentou gestão fiscal em dificuldade (0,5679). A cidade mostrou baixo comprometimento nos Gastos com Pessoal (0,9648), e seu quadro é crítico em relação a investimentos (0,1262). Resende registrou boa gestão fiscal (0,6445), com pontuação máxima no IFGF Autonomia, mas cenário crítico de investimentos (0,2874).

As três melhores cidades dessas regiões foram Paraty (0,7169), seguida de Angra dos Reis (0,6863) e Comendador Levy Gasparian (0,6779), todas com boa gestão fiscal. Angra se destacou pela nota máxima no IFGF Autonomia e no IFGF Gastos com Pessoal, mas teve uma das piores notas da região em IFGF Investimentos (0,0807).

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