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Movimentos sociais pretendem criar lei popular contra taxa de iluminação

Por Andre
a voz da cidade
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VOLTA REDONDA

Ontem à noite, dezenas de pessoas voltaram a protestar contra a criação da taxa de iluminação, no município. Na semana passada, um ato foi realizado no bairro Volta Grande. Desta vez, o ato, que foi organizado por movimentos populares, entidades diversas e associações de moradores, aconteceu na Praça Sávio Gama, em frente ao Palácio 17 de Julho, no Aterrado. Durante o encontro, os organizadores criticaram a falta de diálogo do prefeito Samuca Silva (Podemos) para a criação de mais um imposto e discutiram sobre novas ações.

Segundo informou Rosimeire Salazar, uma das representantes do ‘Movimento Popular’, criado a partir da criação da taxa de iluminação, o objetivo do movimento é fazer com que o prefeito entenda que o povo não aguenta mais impostos. Além disso, pretende criar uma lei popular para que a lei que cria a taxa não seja sancionada ou que a mesma seja revogada. Disse que o movimento é contra a maneira como a taxa foi criada. Lembrou que, antes da criação do grupo, os membros procuraram explicação para a implantação dessa taxa, mas como não conseguiram, percebendo apenas que existem muitos erros nisso, decidiram formar o Movimento. E juntos com outras entidades, segundo ela, iniciaram os manifestos.


Ainda segundo Rosimeire, a única informação que tiveram foi de que a Prefeitura tem uma dívida de R$ 30 milhões com a Light e sem a arrecadação com essa taxa não terá como quitar. Além disso, foi alegado também se não pagar a cidade pode ficar sem energia. “Isso é uma mentira. A empresa de luz, com certeza, não pode cortar a luz de uma cidade inteira. O que poderia ser feito é um acordo”, frisou a líder comunitária, ressaltando que de um jeito ou outro, o povo ao vai pagar mais esse imposto. “Vamos continuar buscando meios para que essa taxa seja vetada. Nem os empresários estão satisfeitos, pois sabem que, mexendo no bolso da população, eles também serão afetados”, completou.

Durante o manifesto, os participantes criticaram a ação do prefeito em ter criado a taxa de iluminação em apenas três horas, tendo ele mesmo garantido em sua campanha que Volta Redonda tinha dinheiro, mas não gestão. E quando assume, alega crise econômica e não tem dialogo com o povo. No ato, entre outras ações, ficou definido a criação de uma página no Facebook e um grupo no Whatsapp com representantes de todos os movimentos, a formação de uma comissão para ir a cada vereador e gravar um vídeo sobre a posição deles em relação à criação da taxa, a abertura de um abaixo assinado e uma votação online contra a taxa. Outros atos já estão sendo programados para os próximos dias. Quem também participou do ato de ontem foi o vereador Carlinhos Santana.

O prefeito Samuca Silva, procurado pelo A VOZ DA CIDADE para falar sobre o ato de ontem, por meio de sua assessoria, não respondeu até o fechamento desta edição. Mas, no final da tarde, após reunião com os técnicos da Secretaria Municipal de Fazenda (SMF), ele garantiu que não haverá nenhum aumento do IPTU em 2018.

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