SUL FLUMINENSE
A economia fluminense sinaliza melhora após período de grave crise econômica e retração de investimentos. De acordo com o Panorama dos Investimentos no Estado do Rio de Janeiro, elaborado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), divulgado nesta terça-feira, 7, um mapeamento realizado até fevereiro aponta a existência de 111 grandes projetos confirmados para os próximos anos, totalizando R$ 162,3 bilhões.
Todas as regiões do território fluminense, sem exceção, têm iniciativas em andamento ou em vias de serem iniciadas em diversos setores.“Conseguimos compilar mais de 100 projetos em andamento, o que deve representar um farol de oportunidades para os empresários e para a sociedade, seja na geração de negócios durante a sua implementação ou após”, explica William Figueiredo, gerente de Sustentabilidade e Infraestrutura da Firjan.
Seguindo uma tendência de retomada, o mercado de Petróleo e Gás lidera o total de investimentos com 82%, totalizando R$ 133,2 bilhões. A Indústria de Transformação aparece em segundo com 12%, somando R$ 19,9 bilhões. Mauro Barroso, presidente do Cluster Automotivo do Sul Fluminense acredita em boas perspectivas. “Desde 2017, voltamos a registrar crescimento e 2018 repetiu o feito. Acredito que 2019 seguirá essa tendência ascendente. O primeiro trimestre já sinaliza um cenário positivo, principalmente para o segmento de pesados, que melhorou muito”, diz.
Marco Saltini, presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Tratores, Caminhões, Automóveis e Veículos Similares (Sinfavea) e diretor da Volkswagen América Latina, pondera que a tendência de crescimento também depende de decisões políticas. “Há muita indefinição por conta do cenário político. A aprovação das reformas Tributária e da Previdência tem o potencial de acelerar de maneira significativa essa retomada”, reforça.
Segundo o estudo da Firjan, as obras paralisadas já somam R$ 14,6 bilhões, com destaque para a usina nuclear Angra 3 e a nova pista de subida da Serra de Petrópolis, na BR-040. “A conclusão dessas obras é fundamental para se aprimorar a competitividade e a oferta de serviços”, ressalta Figueiredo.