VOLTA REDONDA
A direção do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense classificou como golpe nos trabalhadores a decisão da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), em Volta Redonda, em adiar o pagamento do abono do Programa de Participações e Resultados (PPR). O presidente do Sindicato Silvio Campos, lamenta a decisão, pede respeito e relata a posição da entidade sindical em relação ao assunto.
Silvio Campos lembrou que nesta semana toda a direção do Sindicato foi surpreendida pela informação que a CSN não teria tempo hábil para pagar o abono na última terça-feira, dia 9, conforme acordado com o Sindicato e aprovado por quase 80% do corpo de funcionários, no último dia 3 em assembleia.
A notícia, de acordo com o sindicalista, foi dada na manhã de terça-feira pelos diretores da empresa. “Os diretores do sindicato entenderam como uma afronta, já que os trabalhadores aprovaram a proposta, desde que o pagamento fosse efetuado na data prevista, que seria no dia 9”, criticou. Disse que não tem como concordar com o que ocorreu. “Não concordamos de forma alguma, com essa postura mentirosa da empresa, que enganou milhares de funcionários. É inadmissível convivermos com mais esse absurdo. E justamente no ano que o faturamento da CSN bateu o recorde de mais de R$ 5 bilhões, à custa de muito cansaço e suor dos metalúrgicos”, completou, lembrando que o trabalhador merece respeito e valorização pelo resultado alcançado.
Campos lembrou ainda que o Sindicato está pressionando a empresa para que a nova data anunciada, dia 23 próximo, seja antecipada. “É preciso que a direção da CSN reveja a sua posição e pague imediatamente o abono, já que nem reflete o verdadeiro valor em dinheiro que os trabalhadores fizeram por merecer. A luta continua companheiros, vamos continuar pressionado a empresa”, garantiu o presidente.