QUATIS
Um serviço de coleta seletiva que escolhe o que será reaproveitado e descarta de forma irregular outros materiais recicláveis, é algo difícil de acreditar. No entanto, moradores de Quatis afirmam que ações desse porte vêm sendo executadas na cidade. Em entrevista ao A VOZ DA CIDADE, alguns residentes, que preferiram não se identificar, denunciaram que o serviço de reciclagem do município reaproveita apenas o que consegue vender, como o papelão, alumínio e ferro. Enquanto isso, lâmpadas, plásticos, papeis, vidros, entre outros, são descartados de forma irregular em um terreno, na estrada Nossa Senhora do Amparo, cedido pela prefeitura.
Através de um vídeo enviado a equipe do jornal, um morador mostra com detalhes a situação do local, que deveria servir para a separação do material coletado. No entanto, conforme nas imagens que podem ser conferidas no Realidade Aumentada e no site, o ambiente aparenta mais uma espécie de lixão. As denúncias apontam que a situação já persiste há cerca de três anos e que várias reclamações já foram realizadas.
BUSCANDO OUTRAS ALTERNATIVAS
A Prefeitura de Quatis, através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, informou que o órgão reconhece que existe um acúmulo de material no local, principalmente embalagens de vidro, e, que a razão seria por conta da dificuldade de comercialização para o tipo de material. Foi informado ainda que na semana passada, foi iniciado um serviço de limpeza da área e que essa semana o trabalho terá continuidade. “Pelo menos quatro caminhões de lixo recolhidos no ponto onde existe acúmulo de material já foram removidos para o Centro de Tratamento de Resíduos Sólidos (CTR), em Barra Mansa”, esclareceu a nota.
Quanto às denúncias de que outros materiais, como plástico e papel, também não estão sendo separados pela cooperativa, o órgão informou que desconhece a informação e que irá apurá-la. A Secretaria informou ainda que está buscando outras alternativas visando à comercialização das embalagens de vidro.
No entanto, segundo as queixas, o local já se tornou um lixão e um foco para mosquito da dengue. “É um local afastado do Centro da cidade e não é todo mundo que tem acesso, mas quem vê percebe que o lugar está vergonhoso. Cachorros abandonados estão vivendo no local, o odor é péssimo, tem garrafas e lâmpadas jogadas”, expôs, relatando que várias denúncias já foram feitas. “Nosso medo é que o material esteja contaminando o solo e que de alguma forma isso venha a prejudicar a população no futuro. O morador está se conscientizando e separando lixo à toa”, questionou, contando que já existem residentes que disseram que não irão mais realizar a separação dos resíduos para a coleta seletiva.