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Rio Barra Mansa transborda e atinge diversas residências

Por Carol Macedo
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BARRA MANSA

As chuvas que começaram na noite de domingo, 17, causaram vários transtornos em Barra Mansa. Segundo informou o prefeito Rodrigo Drable, em decorrência de uma tromba d’água na área rural de Rio Claro, o Rio Barra Mansa subiu quase cinco metros em apenas algumas horas, o que causou o alagamento de diversas residências que estão próximas às margens do rio. As casas atingidas pelas águas estão nos bairros Nova Esperança, São Luiz, Santa Clara, Boa Sorte e Jardim Marajoara. Não houve registro de feridos. A prefeitura, por meio da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos, está contabilizando o quantitativo de famílias desalojadas no município.

Segundo os depoimentos, a água arrastou carros, móveis, e derrubou árvores. Vários residentes amanheceram limpando as casas e alguns chegaram a perder tudo. Informações de moradores dão conta que essa é a primeira vez, em nove anos, que o Rio Barra Mansa transborda nessa proporção. De acordo informações do coordenador da Defesa Civil, Sérgio Mendes, o Serginho Bombeiro, em três horas o volume de chuvas atingiu 70 milímetros. “Em geral, essa quantidade é registrada durante três dias de chuvas fortes, sem interrupção”, disse.

As pessoas foram pegas de surpresa pela água, pois as sirenes de emergência estão desativadas há cerca de dois anos, segundo de acordo com Sérgio Mendes, o Governo do Estado não teria pagado a empresa responsável pela manutenção. O SMS de alerta também não chegou a ser enviado.

Moradores relataram que a água subiu repentinamente e a força da correnteza era grande. Uma moradora do São Luiz, que não quis se identificar, afirmou que todos foram pegos de surpresa. “Não houve alerta algum, a água subiu durante a noite e muita gente já estava dormindo. Quando as pessoas se deram conta, já não havia nada que se pudesse fazer, pois já estava tudo alagado. Muita gente perdeu tudo”, lamentou.


Monica Ferreira Bitencourt, conta que mora sozinha com a filha de 15 anos, e chorou ao contabilizar todas as perdas.  “Perdi várias coisas, mas o que mais dói é a máquina de lavar que acabei de comprar com muito esforço”, lamentou, denunciando a falta do alerta. “Se pelo menos a sirene tivesse funcionado, nós poderíamos levantar alguns móveis, poderíamos ter algum tempo de reação. O Brasil é um país tão rico, não tinha necessidade de o povo passar pelo o que passa, se nossos governantes não olhassem tanto para o próprio umbigo coisas assim não aconteceriam”, afirmou.

Agentes do Saae estão no local realizando a limpeza – Foto Fábio Guimas

OUTROS TRANSTORNOS

Além das enchentes, na Região Leste, foi registrado o desabamento de três casas e queda de barreiras na BR-393, rodovia de responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), e policiada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). Apesar dos inúmeros chamados da prefeitura, nenhum dos órgãos se mobilizou para a desobstrução da estrada, serviço que foi realizado pela própria administração municipal.

Ainda de madrugada, o chefe do Executivo determinou que equipes da Defesa Civil, Secretaria de Manutenção Urbana, Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) e da Guarda Municipal atuassem de maneira a enfrentar os problemas mais graves provocados pelo temporal, evitando riscos e maiores perdas materiais à população atingida.

 

 

 

 

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