RESENDE
Uma equipe formada por 11 cadetes da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman) retornou do México, no último sábado, onde participou de uma competição internacional entre representantes de escolas militares de vários países. Na bagagem, os cadetes trouxeram troféus e medalhas.
Várias equipes constituídas por alunos de escolas militares, quase 100 ao todo, se enfrentaram na competição denominada ‘Chimaltlalli’, que significa Campo de Batalha na antiga língua asteca. Entre elas: Brasil, Canadá, Estados Unidos da América, El Salvador, Guatemala, Honduras, México, Sri Lanka e Venezuela.
A equipe de cadetes da Aman elevou ainda mais o nome do Exército Brasileiro no exterior, ao obter a segunda colocação entre os nove países, ficando classificados logo após a equipe mexicana. Em terceiro lugar, ficou a equipe do Real Colégio Militar do Canadá. O patamar atingido pela equipe brasileira neste ano é inédito na história da competição, que é sediada no México, desde 2014. Pela primeira vez na história da Academia Militar das Agulhas Negras duas cadetes da linha de ensino militar bélico participaram desta competição internacional.
Realizada na Cidade do México, no Heróico Colégio Militar, a competição é constituída por 17 etapas distribuídas em um percurso de 35quilômetros, como pista do combatente, pista de liderança, primeiros socorros, tiro de fuzil, tiro de pistola e habilidades aquáticas.
A equipe da Aman formada pelos cadetes Falci, Sales, Alves Rodrigues, Ronaldo, Vitali, Dartora, Tiago Vieira, Galli, Hoberdan, Ana e Fabiana, foi treinada e acompanhada por oficiais especializados em Operações na Selva e em Educação Física e por Forças Especiais do Exército Brasileiro, instrutores da Aman. “Os cadetes foram selecionados em 2018 para compor a equipe que representou o Brasil neste ano. O processo seletivo compreendeu a realização de provas de natação, percurso de 12 quilômetros a pé com todo o equipamento e armamento, pistas de obstáculos, tiro, dentre outros testes”, informou a Seção de Comunicação Social da Aman.
DESAFIOS
Um dos maiores desafios encontrados pelos militares na competição foi a dificuldade de respirar devido a altitude e ao clima característico da região. “Foi a primeira vez que cadetes mulheres da Aman participaram da Competição Chimaltlalli e acho que nos saímos muito bem, pois estávamos preparadas para o tipo de atividade realizada na competição, uma vez que a formação da Aman proporciona ao Cadete um ótimo preparo físico e o conhecimento necessário para atuar sob pressão e em diferentes ambientes”, comentou a Cadete Ana Luiza Santana, 20 anos, nascida em Unaí-MG, uma das integrantes da equipe brasileira. Ela ainda contou que a equipe estava muito unida, motivada e preparada.
Na opinião da Cadete Fabiana Muzzi Leite, 21 anos, natural de Brasília-DF, que também integrou a equipe de forma inédita, para participar de uma competição desse nível, é essencial um bom preparo físico e ter conhecimentos técnicos em assuntos inerentes à profissão militar. “Além de tudo isso, é necessária a vontade e a certeza do cumprimento da missão, assim como liderança, coragem, camaradagem e espírito de corpo dos integrantes da equipe”, comenta.
“Pela primeira vez na história da competição, uma equipe brasileira alcançou o segundo lugar geral. Isso se deve a excelente qualidade dos treinamentos realizados e a motivação pessoal de cada um dos competidores, que fortaleceram a união e o espírito de corpo, levando a equipe a ter um excepcional resultado”, avaliou Luiz Eduardo Fernandes Falci, 23 anos, natural de Juiz de Fora-MG, comandante da equipe brasileira.