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Metalúrgicos não autorizam negociação da volta do turno de 8 horas com a CSN

Por Andre
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VOLTA REDONDA

Por 2045 votos a 1153, os funcionários da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) não autorizaram o Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense a negociação, com a empresa, para a volta do turno de 8 horas na Usina Presidente Vargas (UPV). O plebiscito, realizado todo o dia de ontem na Praça Juarez Antunes, na Vila Santa Cecília, foi convocado

Pelo a entidade sindical.


Durante a votação, os trabalhadores deveriam votar sim para autorizar o Sindicato a negociar o turno e não para a não negociação. O presidente do Sindicato, Silvio Campos, já havia garantido que, após a aprovação da Reforma Trabalhista, não há mais a certeza que os argumentos legais irão garantir a manutenção do turno de seis horas. Lembrou ainda que, como os metalúrgicos da empresa não aprovaram a discussão do turno, mesmo assim, o Sindicato irá apresentar à empresa, juntamente com o resultado,  algumas reivindicações para a empresa.

Entre as reivindicações do Sindicato para a categoria estão, a manutenção dos postos de trabalho, intervalo de uma hora de refeição, compensação financeira, escala de turno escolhida pelos trabalhadores, com prazo de revisão de seis meses e a melhoria na qualidade da refeição dos trabalhadores. “Já tínhamos dito que o turno de seis horas seria a melhor opção, mas a palavra final deve ser sempre dos trabalhadores, como foi”, declarou Silvio Campos, ressaltando que, mesmo com a reforma trabalhista entrando para valer em 11 de novembro, o Sindicato vai lutar junto com os trabalhadores contra as demissões e contra qualquer ato para acabar com o turno de 6 horas.

Campos lembrou ainda que, após ouvir os trabalhadores do turno, o Sindicato recebeu sugestões dos metalúrgicos, debateu as condições apresentadas e abriu uma pauta de reivindicações, que serviria como base de apoio para que a implantação do turno de oito horas fosse negociada. A principal sugestão, de acordo com o sindicalista, foi a realização desse plebiscito autorizando a direção do Sindicato a negociar. E o resultado foi não. “Desde 2008, a atual direção do sindicato vem defendendo com unhas e dentes a manutenção do turno de seis horas. E nunca abriu qualquer possibilidade de negociação, já que tínhamos condições jurídicas e embasamento legal para não abrir negociação”, finalizou.

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