Através do Centro de Memória do Sul Fluminense Genival Luiz da Silva (Cemesf), vinculado ao ICHS/UFF, o plano de construção do Centro Memória, Verdade e Direitos Humanos (CMVDH) no Parque da Cidade Natanael Geremias, inicia a primeira etapa que visa a elaboração do edital do projeto museológico e arquitetônico. A previsão para finalização da primeira fase está prevista para o primeiro semestre de 2019. A iniciativa tem como objetivo resgatar a memória das prisões, torturas e assassinatos ocorridos no período da ditadura militar e também será um espaço de discussão sobre as diversas temáticas dos Direitos Humanos.
O Parque terá uma espécie de museu no local identificado como onde ocorreram as torturas e mortes. Esse projeto está previsto em quatro etapas, ao longo de quatro anos. No passado o local abrigou o 1º Batalhão de Infantaria Blindada (BIB) em Barra Mansa entre 1950 a 1973, onde aconteceram diversas torturas, segundo o levantamento da Comissão da Verdade. Há relatos de sobreviventes que foram torturados e, existem ainda pessoas que são consideradas desaparecidas depois de terem sido presas na época.
Segundo a coordenadora do projeto e membro do Cemesf, Alejandra Estevez, o direito à memória e à verdade é um caminho fundamental para a consolidação da democracia. “A reflexão sobre nosso passado ditatorial nos permite, enquanto sociedade, estabelecer, coletivamente e de forma participativa, que sociedade queremos construir, quais os limites para a ação do Estado e qual o projeto de sociedade futura pelo qual desejamos lutar”, afirmou.
COMISSÃO DA VERDADE
Através da Comissão da Verdade de Volta Redonda foi possível criar as iniciativas de ações e reflexões pelo direito à memória e a justiça acerca do passado sensível do lugar. E a partir desses trabalhos que o Ministério Público Federal emitiu no ano de 2016 um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para o cumprimento de algumas medidas com relação ao uso das dependências do Parque.
1 Comentário
Coloca os créditos da proposta artística que aparece nas fotos da reportagem. É da Thamyrys Lisboa, foi feita pra ficar aberta na flumiSul.